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Americana

Projeto permite uso de imóvel para abrigo de moradores de rua

Proposta causou polêmica com vizinhos na Vila Galo, que fizeram abaixo-assinado contra iniciativa

Por George Aravanis

24 de outubro de 2019, às 09h18

A Prefeitura de Americana enviou nesta quarta-feira à câmara projeto de lei que a autoriza a permitir à Organização Vinde à Luz o uso de um imóvel público na Rua Paissandu, na Vila Galo, para abrigar moradores de rua. A intenção de instalar o abrigo no bairro gerou polêmica com vizinhos, que fizeram abaixo-assinado e cartazes contra a iniciativa – outros se manifestaram a favor.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Moradores vizinhos demonstraram medo com abrigo na Vila Galo

O projeto, se aprovado, é o passo final para que a organização faça as reformas necessárias no imóvel para a implementação do serviço de acolhimento dos moradores de rua. O local receberá dez homens – quatro que já vivem em outro abrigo há aproximadamente 20 anos e têm problemas intelectuais e outros seis que serão selecionados entre moradores de rua que a Vinde à Luz tem contatado em Americana.

A associação foi contratada pela administração para abordar moradores de rua e administrar o abrigo.
Moradores vizinhos fizeram um abaixo-assinado. Um dos argumentos é o medo de que o local receba usuários de drogas. O secretário de Ação Social e Desenvolvimento Humano de Americana, Ailton Gonçalves, nega que esse seja o perfil.

“Eu estou dando prosseguimento porque eu conheço o serviço e não oferece nenhum perigo para ninguém”, afirmou. O secretário vai usar a tribuna da câmara durante a sessão para falar desta e de outras ações da Ação Social.

O presidente da Organização Vinde à Luz, Luiz Augusto Roberto, crê que o imóvel estará pronto em dois ou três meses. Ele, que diz já ter ouvido antes ofensas e ameaças de dois vizinhos, contou que uma terceira moradora o abordou perto do local há cerca de 20 dias para reclamar.

“Outra senhora veio reclamar. Eu moro dentro de uma instituição, minha casa se transformou numa instituição [de acolhimento de moradores de rua]. Ela falou ‘por que você não leva para sua casa?’ Eu falei ‘em casa eu já tenho 20. Se coubesse eu levaria’”, afirma.

O imóvel também vai abrigar o escritório do serviço de abordagem social da associação.

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