O projeto para evitar enchentes na Avenida da Saúde, na região da rodoviária de Americana, está há dois anos no papel e ainda não tem previsão para ser concretizado. Na última quarta-feira (13), a via ficou alagada no cruzamento com a Avenida Antônio Pinto Duarte após um temporal atingir a cidade. Um veículo ficou submerso; ninguém se feriu.

Em janeiro de 2019, o ex-prefeito Omar Najar (MDB) chegou a declarar que as obras necessárias para resolver a situação giravam em torno de R$ 9 milhões. A ampliação das galerias pluviais era uma das intervenções necessárias.

O problema da região é que o Córrego São Manoel não foi canalizado. Por consequência, acaba transbordando em casos de chuvas muito intensas.

Em fevereiro de 2018, um ônibus foi arrastado para dentro do córrego por conta da enchente. Cerca de 15 pessoas estavam no veículo na hora do acidente; não houve vítimas.

Nesta quinta-feira (14), o LIBERAL questionou a prefeitura sobre o assunto. Foi informado que o projeto antienchentes para a Avenida da Saúde está em “fase final de elaboração”.

“Para posterior abertura de licitação quando houver recursos para as obras”, resumiu a administração.

Por conta das chuvas, a prefeitura intensificou nesta quinta-feira o trabalho de limpeza nas ruas da cidade. O principal objetivo era retirar das vias e bocas de lobo a sujeira, lama e materiais arrastados pelas enxurradas, que causou o alagamento de diversas ruas no dia anterior.

As Avenidas da Saúde, Brasil, Abdo Najar, Bandeirantes, Europa, Ruas Fonte da Saudade, Monsenhor Bruno Nardini, entre outras, receberam o serviço de limpeza, além da utilização da retroescavadeira e caminhão basculante para a retirada de materiais, galhos e entulhos e serviço de tapa-buracos nos bairros.

A prefeitura reforçou que a Defesa Civil tem um plano de contingenciamento, com o mapeamento das áreas que são pontos de alagamento. O plano consiste, basicamente, no monitoramento dos níveis de chuva e do nível do Ribeirão Quilombo.

“[…] percorrendo as áreas e alertando a população que possa ser atingida pelo transbordamento, como os comerciantes da Rua Carioba e os moradores do Residencial Guaicurus”, detalhou a prefeitura.