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Flexibilização

Proibidas, academias funcionam ‘discretamente’ em Americana

Portão fechado, atendimento individual e veto a fotos dentro do estabelecimento são algumas das medidas adotadas

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03 de junho de 2020, às 09h18 • Última atualização em 03 de junho de 2020, às 15h20

Mesmo proibidas de abrirem as portas por conta da quarentena de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), algumas academias de Americana têm funcionado de forma discreta e com horário reduzido para driblar a fiscalização.

De acordo com o “Plano São Paulo”, elaborado pelo Governo do Estado para retomada econômica, o segmento só será autorizado na fase 4. Até o momento, nenhuma região do Estado chegou neste nível.

Gama durante fiscalização no Calçadão: academias não estão incluídas na fase 2 do Plano São Paulo – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A reportagem do LIBERAL conversou com proprietários de quatro estabelecimentos, que têm adotado uma série de regras para atender os alunos.

Em uma academia voltada para musculação, os treinos são individuais e de hora em hora. O portão permanece fechado por conta da fiscalização.

“Eu estou fazendo atendimento tipo personal, individual. Acho que estou com uns 10 alunos, que tem direito a duas aulas por semana. É o que preciso para pagar o aluguel do salão”, contou um empresário que pediu para não ser identificado.

Já o dono de uma academia voltada para treinamento funcional preparou o espaço para receber até seis pessoas ao mesmo tempo. As áreas de treino foram demarcadas no chão e são separadas por dois metros e meio de distância.

O uso de máscaras é obrigatório e os alunos devem realizar a higienização dos equipamentos antes e depois. Fotos foram proibidas para não comprometer a operação.

Questionada, a Prefeitura de Americana reforçou que as academias estão proibidas e disse que reclamações sobre funcionamento clandestino podem ser feitas para a Vigilância.

No entanto, não respondeu se algum estabelecimento foi flagrado pela fiscalização.

“A Vigilância Sanitária vem realizando as vistorias conforme são feitas denúncias, já que há uma gama muito grande de estabelecimentos”, informou a administração.

Podcast Além da Capa
O novo coronavírus representa um desafio para a estrutura de saúde de Americana, assim como outros municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), mas não é o primeiro a ser encarado. H1N1, dengue, malária, febre maculosa. Outras doenças também modificaram rotinas, exigiram cuidados além do trivial – ainda que não tenha havido quarentena, como agora – e servem de experiência para traçar paralelos com o atual cenário. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com a repórter Marina Zanaki, que assina uma série de reportagens sobre outras epidemias em Americana.

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