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Uga-Uga

Previsto para fevereiro de 2019, parque não tem prazo pra abrir

Apesar de não ter sido liberado, espaço na Avenida Rafael Vitta já tem sido utilizado pela população de Americana

Por André Rossi

21 de junho de 2020, às 07h35 • Última atualização em 21 de junho de 2020, às 07h48

Previsto originalmente para fevereiro de 2019, o Parque Natural Urbano Uga-Uga, em Americana, segue sem prazo para ser inaugurado. Localizado na Avenida Rafael Vitta, o parque é construído desde agosto de 2018 numa APP (Área de Preservação Permanente) de 100 mil metros quadrados.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) “definitivamente interferiu” nos trabalhos em geral e também no Uga-Uga, projeto que conta com parcerias.

Parte do Parque Uga-Uga, às margens da Avenida Rafael Vitta; local terá trilha de caminhada e pista para mountain bike – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“Tão breve, a secretaria dará sequência nos trabalhos, estabelecendo contato com os parceiros”, afirmou a secretaria em nota.

A expectativa é de que o trabalho avance com o novo secretário de Meio Ambiente, Roberto Sablesky Galvão, de 63 anos, cuja nomeação foi publicada no Diário Oficial da última quinta-feira.

Engenheiro civil de formação, ele atuava como assessor institucional, cargo comissionado, na Secretaria de Obras, e está na prefeitura desde o início da gestão do prefeito Omar Najar (MDB).

“Assumi e já passei no Uga-Uga para me inteirar. Hoje nós temos uma dificuldade tremenda que é essa pandemia, mas, dentro das condições, vamos dar continuidade”, afirmou Roberto.

A pandemia fez com que os parceiros do projeto suspendessem as ações. Um deles foi a CPFL Energia, que contribuía com doação de madeira.

“Nós temos uma parceria. Esperamos que isso passe logo. Aos poucos vai voltando. Vou pedir para fazerem um contato com a CPFL para ver se a gente consegue que eles voltem a fornecer o material que foi prometido”, comentou Roberto.

Apesar de nenhum setor do parque ter sido entregue oficialmente, algumas áreas já estão prontas. É o caso da pista de mountain bike e da trilha de dois quilômetros para caminhada, que estão sendo utilizadas aos finais de semana.

A situação, inclusive, gerou reclamações de moradores do bairro por conta do risco de aglomeração.

“Muito embora os parques de Americana permaneçam fechados, o Parque Uga-Uga permanece aberto, com aglomeração de pessoas, principalmente nos finais de semana, sem nenhum tipo de fiscalização da prefeitura”, comentou um morador, que não quis se identificar. “No domingo chegou um ônibus com vários ciclistas”.

O LIBERAL questionou a prefeitura sobre a presença de pessoas no local, mas não houve resposta. No parque, uma placa recomenda que não se utilize as instalações.

A CPFL afirmou que, sempre que possível, colabora com a secretaria, inclusive com doação de madeira para o Uga-Uga, mas que está sem o material no momento.

PLANEJAMENTO
O ex-secretário de Meio Ambiente e responsável por iniciar o trabalho no local, Odair Dias, disse ao LIBERAL que a ideia era de entregar o Uga-Uga por etapas.

“A gente não ia esperar ficar tudo pronto. À medida que tem etapas concluídas, a gente já abre para o uso do pessoal, mas estamos respeitando as determinações da pandemia. Oficialmente não fizeram nenhuma abertura, mas as pessoas estão indo lá”, comentou Odair.

Além de criar um espaço de lazer e contemplação da natureza, a ideia é preservar a área, alvo de queimadas e usada frequentemente para descarte irregular de lixo. O local possui nascentes, árvores nativas e mais de 60 espécies de aves e pequenos mamíferos.

Além da trilha de caminhada e da pista de mountain bike, o Uga-Uga terá espaço pet, uma base para grupos de escoteiros e praça de apoio com quiosques e sanitários.

Podcast Além da Capa
O mais festejado dos cinco títulos mundiais da seleção brasileira? A resposta é subjetiva, depende da percepção de cada um. Independentemente disso, a conquista da Copa do Mundo de 1970, no México, completa 50 anos sem ter ameaçado seu lugar no Olimpo do futebol. O ambiente de Americana naqueles dias de junho pauta essa edição do Além da Capa. O editor Bruno Moreira conversa com o repórter Rodrigo Alonso, além de contar com a contribuição de convidados.

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