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Preso por latrocínio em açougue de Americana planejava sair do Estado

De acordo com o delegado interino da DIG de Americana, Luis Carlos Gazarini, não há indícios da participação de terceiros no crime

Por André Rossi / George Aravanis

22 de outubro de 2019, às 09h38 • Última atualização em 22 de outubro de 2019, às 13h35

Preso no último domingo pela morte da dona de um açougue em Americana durante assalto na semana passada, Vinicius Pereira de Oliveira, 23, planejava sair do Estado de São Paulo por medo de ser identificado pelo crime, segundo o Baep (Batalhão de Ações Especiais) da PM (Polícia Militar) de Campinas, que prendeu o suspeito.

Foto: Divulgação
Vinícius Oliveira teria descartado revólver em córrego

Oliveira disse à polícia que comprou a arma utilizada no latrocínio (roubo seguido de morte) na “feira do rolo” do Campo Bello, em Campinas, por R$ 1 mil. Ele teria descartado o revólver em um córrego na região do Ouro Verde.

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A Justiça decretou ainda no domingo a prisão temporária por 30 dias, segundo o delegado interino da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, Luis Carlos Gazarini. Em depoimento para a Polívia Civil, o suspeito confessou o crime e disse que pretendia usar o dinheiro do roubo para “manter a família”. Ele está recolhido na cadeia de Santa Bárbara d’Oeste.

A prisão

O suspeito foi detido na manhã deste domingo, às 9 horas, na Rua Igarapé, Jardim Aeroporto de Viracopos, na região do Ouro Verde, em Campinas, onde mora. Os policiais do Baep chegaram até ele após uma denúncia anônima.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Latrocínio aconteceu por volta das 12h30 do dia 13, quando o açougue já estava fechado

De acordo com o cabo Claudinei Vicente da Silva, Oliveira estava na frente de sua casa e alegou que estava levando algumas coisas para a casa da mãe, que mora na mesma rua, por não ter mais condições de se manter. Quando questionado sobre sua documentação, ele disse que estava em uma terceira casa localizada na mesma rua.

Nesse local, a polícia encontrou dentro de uma caixa de papelão a aliança de um funcionário do açougue, único item roubado durante o assalto. “Consegui contato com a vítima em Americana. Tirei foto dele [suspeito], a vítima reconheceu e aí comecei a questioná-lo de novo. Aí ele viu que não tinha por onde escapar e assumiu ser o autor do latrocínio”, contou Silva.

Ainda segundo o agente, essa terceira casa era o local onde o suspeito, de fato, iria residir até ter condições de sair do Estado. Entretanto, questões familiares teriam retardado a mudança.

“Essa outra casa era só para ele ficar por um tempo porque a intenção, segundo ele, na verdade, era sair do Estado. Sabia que ia dar problema. Só que ele tem filho pequeno, uma mulher, então ele estava tentando resolver o que ia fazer, se ia levar a mulher, se não ia. Esse lance da casa da mãe dele foi só uma tentativa de não nos levar até onde seria a casa dele realmente, que era onde estava o RG e a aliança ”, explicou o cabo.

Arma

Além de confessar o crime, Oliveira indicou aos policiais que teria jogado o revólver calibre 32 em um córrego perto do Shopping Spazio Ouro Verde, que deságua no Rio Jaguari. As roupas usadas naquele dia também teriam sido descartadas no mesmo local.

Equipes do Baep fizeram buscas, mas não conseguiram encontrar os itens. De acordo com o cabo, o suspeito não informou a data em que a arma foi adquirida.

A moto utilizada no crime foi comprada em um leilão e vendida em seguida. O suspeito teria ido para Americana porque “não rouba na região dele”.

Ouça o “Além da Capa”, um podcast do LIBERAL

De acordo com o delegado interino da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, Luis Carlos Gazarini, não há indícios da participação de terceiros no caso.

Foto: Reprodução - Facebook
Giane de Lião foi baleada e morreu na ação

Giani Aparecida Molina de Lião, de 54 anos, foi baleada durante o assalto e não resistiu. Seu marido, José Roberto de Lião, de 57 anos, também foi baleado e está internado desde então no Hospital da Unimed, em Americana.

Um familiar disse ao LIBERAL que o comerciante “está bem”. O único momento em que ele se ausentou do hospital foi em 14 de outubro para acompanhar o velório e sepultamento de sua esposa.

O autor do crime já havia sido preso em flagrante em maio de 2017 por roubo a um mercado de Campinas e estava em regime aberto desde 5 de junho do ano passado.

O LIBERAL não conseguiu contato com a defesa de Oliveira ou com familiares até o fechamento desta reportagem.

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