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Americana

Prefeitura vai devolver R$ 24 milhões por obra inacabada do HM

Ampliação na unidade não foi concluída e administração pretende realizar o pagamento ao governo estadual em 180 parcelas

Por Ana Carolina Leal

11 de dezembro de 2021, às 08h38 • Última atualização em 11 de dezembro de 2021, às 08h42

Construção de anexo começou em 2010, mas os trabalhos foram interrompidos várias vezes - Foto: Claudeci Junior - O Liberal

O prefeito de Americana, Chico Sardelli (PV), enviou nesta quinta-feira à câmara um projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a parcelar uma dívida de R$ 24 milhões referente às obras de reforma e ampliação do HM (Hospital Municipal) Dr. Waldemar Tebaldi. O recurso foi destinado pelo governo estadual por meio de convênio ao município, mas a obra não foi concluída.

Em outubro, reportagem do LIBERAL mostrou que o governo estadual permitiu ao município parcelar em 180 vezes, o equivalente a 15 anos, uma dívida de R$ 7 milhões, também por obras inacabadas do HM.

Nesta sexta-feira, a reportagem questionou a prefeitura sobre o motivo de o valor ter saltado de R$ 7 milhões para R$ 24 milhões, mas no final da tarde foi informada de que a resposta só viria na próxima segunda-feira.

No projeto de lei enviado à câmara e que será votado em sessão extraordinária na segunda-feira, às 10 horas, a prefeitura afirma que várias irregularidades inviabilizaram a conclusão das obras e o município se vê, agora, obrigado a restituir os recursos aplicados irregularmente.

O convênio foi assinado em 28 de dezembro de 2007, na gestão do ex-prefeito Erich Hetzl Júnior, atual superintendente do Ameriprev (Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Americana). Originalmente, tinha valor de R$ 700 mil para aperfeiçoamento das ações e serviços do SUS (Sistema Único de Saúde), como a reforma e ampliação do HM. Porém, foram firmados depois três termos aditivos de R$ 2 milhões, R$ 1 milhão e R$ 3,3 milhões, respectivamente, totalizando R$ 7 milhões.

Na gestão do ex-prefeito Omar Najar, a administração solicitou o parcelamento dos R$ 7 milhões em 60 parcelas. Chico Sardelli, por sua vez, encaminhou um novo pedido, desta vez para que o montante fosse parcelado em 180 vezes. Com isso, por mês, a administração tem que pagar quase R$ 39 mil.

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A construção do anexo do hospital teve início em 2010, com o projeto para abrigar o novo pronto-socorro, um centro de especialidades e um hospital infantil. Ao longo da década, a obra foi interrompida diversas vezes, com investigações e acusações de desvio de recursos.

Em fevereiro do ano passado, a prefeitura entregou parte do serviço. O novo pronto-socorro custou à gestão do Omar Najar R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 2,9 milhões foram pagos por meio de convênio com governo estadual e R$ 628 mil foram aplicados pela prefeitura.

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