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Ônibus

Prefeitura faz alerta e pede ‘atenção’ da Sancetur para evitar lotação em ônibus

Fiscalização identificou cinco linhas com passageiros em pé; Ministério Público acompanha o tema

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09 de agosto de 2020, às 16h29 • Última atualização em 09 de agosto de 2020, às 16h35

Uma fiscalização da Utransv (Unidade de Transportes e Serviços Urbanos) de Americana identificou, na última sexta-feira (7), cinco ônibus circulando com pessoas em pé. A prefeitura alertou a Sancetur, que opera o transporte pela Sou Americana, para que dê uma “atenção” para essas linhas.

O objetivo é evitar que haja lotação por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O relatório foi encaminhado ainda na sexta-feira ao promotor de Justiça Ivan Carneiro Castanheiro, que apura denúncias sobre superlotação no transporte público da cidade.

Na última quinta-feira (6), a Câmara de Americana aprovou um projeto de lei que proíbe os ônibus da cidade de transportarem passageiros em pé durante a pandemia. A segunda votação acontece nesta quinta (13) e só depois segue para sanção do prefeito.

A fiscalização da Utransv aconteceu no Terminal Metropolitano. De acordo com o documento ao qual o LIBERAL teve acesso, um ônibus da linha 119, que faz o trajeto Praia dos Namorados / Jardim da Paz, estava com 10 pessoas em pé e todos os assentos ocupados às 7h52.

Na linha 114, que vai do Mathiesen ao Zanaga, oito pessoas viajavam de pé às 17h10. O percurso entre Bertini e Alvorada (linha 105) registrou três pessoas sem assento na condução das 7h52.

Já no itinerário 220 (Jardim Balsa / Mário Covas / Praia Recanto), dois ônibus foram com passageiros em pé: o primeiro às 7h35, com cinco, e o outro às 8h28, com sete pessoas.

“A empresa Sou Americana será comunicada a dar uma atenção as linhas onde haviam passageiros em pé, para que evite lotação”, traz o relatório da Utransv.

Desde o início da quarentena, a frota foi reduzida e o transporte suspenso aos domingos. Atualmente, apenas 27 dos 69 ônibus circulam, distribuídos em 16 linhas de segunda a sábado. A Sou Americana nega superlotação.

“Pela planilha da Sancetur não haveria superlotação, fato que contrasta com as fotografias de representações recebidas no Ministério Público, com fotografias e reportagens de matérias jornalísticas, assim como com fiscalização da prefeitura, na data de hoje (07/08)”, disse Ivan Carneiro.

O serviço é operado há um ano e nove meses através de contratos emergenciais pela Sancentur, que atua na cidade como Sou Americana. O quarto vínculo emergencial foi firmado no dia 19 de março deste ano e é válido por seis meses.

Ivan Carneiro disse ao LIBERAL que pretende apresentar uma manifestação sobre o caso nesta segunda-feira “com as providências que entender cabíveis para as situações apresentadas”.

O LIBERAL questionou a empresa sobre a fiscalização realizada pela prefeitura, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.

Subsídio
Em manifestação ao MP no dia 23 de julho, a Sancetur se queixou da falta de subsídio por parte da prefeitura durante a pandemia. No mesmo documento,  justificou que não tem condições de alterar a frota devido à falta de aporte financeiro.

O secretário adjunto da Utransv, Eraldo Camargo, disse à promotoria que não é possível conceder o subsídio. A lei que permitia ajuda financeira às empresas de ônibus foi revogada pelo prefeito no ano passado.

“Ficou definido que seria marcada nova reunião quando a empresa solicitasse ou que a prefeitura conseguisse verbas e meios legais para a concessão dos susbídios”, disse Eraldo na resposta ao promotor na sexta-feira.

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