AUMENTO
Preço do gás de cozinha sobe de novo e chega a R$ 95 em Americana e Santa Bárbara
Preço médio de venda do gás pela Petrobras aumentou 5,9%
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15 de junho de 2021, às 07h50 • Última atualização em 15 de junho de 2021, às 08h38
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/preco-do-gas-de-cozinha-sobe-de-novo-e-chega-a-r-95-em-americana-e-santa-barbara-1539448/
O preço do gás de cozinha subiu de novo e é encontrado por R$ 95 em Americana e Santa Bárbara d’Oeste. O preço médio de venda de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha, da Petrobras para as distribuidoras passou nesta segunda (14) a ser de R$ 3,40 por quilo, refletindo um aumento médio de R$ 0,19 por quilo.
O aumento é de 5,9% no preço do gás de cozinha e o preço do botijão de 13 quilos repassado às refinarias e distribuidora vai a R$ 44,20. O anúncio foi feito pela Petrobras na sexta-feira (11).
Distribuidores e revendedores da região relataram que desde o início da pandemia do coronavírus (Covid-19) os aumentos do gás são frequentes.
A reportagem entrou em contato com oito depósitos ou distribuidoras de gás de Americana e Santa Bárbara. Os preços chegam a R$ 95. E em muitos casos, ainda nem foi repassado o aumento.
No Cidade Jardim, em Americana, depósito cobra R$ 92 para entregar o botijão de gás de 13 quilos e R$ 87 para pegar no local.
O local ainda não repassou o aumento. “Estamos sofrendo muito com esses aumentos. Não estamos tendo tempo nem de respirar”, desabafou funcionária que não quis ser identificada.
Depósito localizado no Parque das Nações, endossa o coro. “Estou vendendo a R$ 90, dependendo do local, R$ 95, mas vou atualizar ainda o aumento, não tenho como segurar os preços”, relata o dono, que pediu anonimato.
Outro local na Vila Santa Catarina, cobra R$ 90 e vai aumentar. Houve um aumento por mês desde o início da pandemia, estima funcionário.
Estabelecimento na Vila Dainese vendia até semana passada o gás a R$ 85 a entrega e R$ 80 a retirada. Subiu para R$ 85 a retirada e R$ 90 a entrega.
Nas contas de funcionário que não quis se identificar, desde o início da pandemia, foram 15 aumentos. “Nem todos repassamos, alguns conseguimos segurar. Era para o gás estar mais de R$ 100 se fosse repassar tudo”, calcula.
Santa Bárbara
Em Santa Bárbara, no Santa Rita de Cássia, um depósito cobra R$ 92 para entrega e R$ 87 retirada. O aumento deve ser repassado aos consumidores nos próximos dias.
“Nos últimos meses os aumentos foram constantes, quase que a cada 20 dias. Em maio estabilizou um pouco, mas agora virá esse aumento”, lamenta Simone Araujo, funcionária do local.
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No Cidade Nova, o preço de entrega do gás de depósito era de R$ 88 e foi para R$ 92. Funcionários calculam que é a 14ª vez que sobe o preço em um ano.
Outro local que já repassou o aumento é depósito no Jardim Europa: de R$ 85 para R$ 90. “Teve três aumentos seguidos. Segurei um pouco, mas não teve como”, relata Jair do Nascimento, dono do depósito.
De 12 a 17 reais em um ano
No fim de fevereiro do ano passado, pouco antes de estourar a pandemia da Covid-19, o preço do botijão de gás variava entre R$ 65 e R$ 75 em Americana, conforme apurado pelo LIBERAL.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), na semana passada o preço médio da venda do botijão de gás pelo País, ainda sem o aumento, já subiu, de R$ 85,27 para R$ 85,63.
Na RPT (Região do Polo Têxtil), em Americana, até a semana passada, ainda conforme números da ANP, a média do preço do gás era de R$ 84,40 (entre R$ 78 e R$ 90).
Em Hortolândia, era de R$ 83,99 (entre R$ 79,99 a R$ 88). Em Santa Bárbara, de R$ 79,69 (entre R$ 75 e R$ 83) e em Sumaré de R$ 84,54 (entre R$ 79,99 e R$ 90). Nova Odessa não está no levantamento da ANP.
No comparativo em um ano, o gás subiu entre R$ 12 e R$ 17 na RPT.
Em junho de 2020, o preço médio em Americana era de R$ 69,67 (entre R$ 65 e R$ 75). O botijão custava em média R$ 66,75 em Hortolândia (entre R$ 62 e R$ 74). Em Santa Bárbara a média era de R$ 67,26 (entre R$ 60 e R$ 70). E em Sumaré o gás custava R$ 72,30 na média (entre R$ 65 e R$ 77).
A reportagem questionou a Petrobras sobre a quantidade de aumentos do preço desde o início da pandemia, mas não recebeu resposta.
Sobre o aumento, a Petrobras alegou que “busca evitar o repasse imediato” e que os preços seguem “buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio”.