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COVID-19

Polivalente confirma casos em professores e suspende aulas presenciais em Americana

É a primeira escola em Americana que anuncia a suspensão das aulas por conta de casos da Covid-19

Por Marina Zanaki

02 de março de 2021, às 17h28 • Última atualização em 02 de março de 2021, às 19h25

Escola informou que tem dois professores com diagnóstico positivo para o coronavírus - Foto: Arquivo - O Liberal.JPG

A Etec (Escola Técnica Estadual) Polivalente, em Americana, suspendeu as aulas presenciais a partir desta quarta-feira (3), por um período inicial previsto de 15 dias, com possibilidade de prorrogação.

Em nota divulgada nas redes sociais, a escola informou que tem dois professores com diagnóstico positivo para o coronavírus (Covid-19) e que as aulas serão mantidas pelo sistema remoto.

O protocolo paulista determina que a partir de dois casos em uma mesma unidade, é considerado surto, com a recomendação da suspensão das aulas.

Publicado por Etec Polivalente de Americana em Terça-feira, 2 de março de 2021

O CPS (Centro Paula Souza), que administra o Polivalente, disse que a medida segue iniciativa similar da Secretaria de Educação de Americana, que suspendeu o retorno presencial da rede municipal previsto para esta semana.

Segundo a nota enviada pela assessoria de imprensa, a decisão é uma medida para intensificar o enfrentamento ao coronavírus. O Centro Paula Souza não comentou sobre os dois casos entre professores.

“É importante destacar que as aulas voltam a ser ministradas remotamente para todos os alunos, até que a região apresente um cenário favorável para o retorno de forma presencial”, finalizou o CPS.

A Secretaria de Saúde de Americana disse que não houve, por parte das vigilâncias sanitária e epidemiológica, qualquer recomendação nesse sentido ao Polivalente. A pasta respondeu mais cedo que tem registros somente de casos isolados e que em nenhuma escola configurou surto.

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A Etec Polivalente é a primeira que anuncia a suspensão das aulas presenciais em Americana, após o retorno em fevereiro.

Possibilidade de recuo no Estado

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse nesta terça-feira, em entrevista à rádio CBN, ser favorável à suspensão das aulas presenciais nas escolas diante do agravamento da pandemia da Covid-19 no Estado.

O tema, segundo ele, será discutido nos próximos dias, mas a posição pessoal do secretário é de que manter escolas abertas implica em uma série de deslocamentos fora dos colégios que contribuem com a propagação do vírus.

“Isso é um tema que estamos discutindo. Se estamos entendendo que as pessoas estão ameaçadas frente ao vírus, frente a um colapso, temos de avaliar a circulação das pessoas em situações que poderiam ser evitadas e uma delas é a escola”, disse Gorinchteyn na entrevista.

Para o secretário, o problema não está dentro da escola. “É a circulação das pessoas no entorno, professores, alunos, pais, o transporte público, a exposição que acabamos colocando as pessoas”, afirmou.

Gorinchteyn disse ainda que um “lockdown”, com fechamento de todo o comércio e restrição à circulação nas ruas, não é factível no Brasil. “Não temos capacidade no nosso País de fazer ‘lockdown’, as pessoas vão morrer de fome, vamos ter um problema civil, social.”

No Estado de São Paulo, as escolas foram consideradas serviços essenciais, como supermercados e farmácias. Isso significa que podem ficar abertas mesmo nas fases mais restritivas da quarentena.

O posicionamento de Gorinchteyn é contrário ao que tem defendido o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. Para Rossieli, as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a abrir, uma vez que o longo tempo de fechamento vem causando prejuízos às crianças e adolescentes.

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