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maus tratos

Polícia investiga espancamento e morte de cão em Americana

Cachorro foi encontrado dentro de um saco no lote industrial Salto Grande II, com sinais de maus tratos e morte por espancamento

Por Isabella Holouka

04 de junho de 2020, às 16h01 • Última atualização em 04 de junho de 2020, às 16h53

A Polícia Civil investiga a autoria em um caso de maus tratos que acabou com a morte de um cachorro no bairro Antonio Zanaga, em Americana.

A denúncia sobre o caso foi registrada pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e pela defensora dos animais Roberta Dias. Ela aponta que um cachorro teria sido morto por espancamento no último domingo (31).

Segundo boletim de ocorrência registrado na tarde de terça-feira (2), o CCZ recebeu a denúncia de uma moradora do Zanaga que disse que passeava com o seu cão quando encontrou um cachorro morto dentro de um saco, próximo a um terreno baldio na Avenida do Raion Viscose, no lote industrial Salto Grande II.

Responsável pelo cachorro foi identificado graças à microchipagem, e conduzido à CPJ para dar sua versão dos fatos – Foto: Roberta Dias – Divulgação

O CCZ recolheu o animal e constatou sinais claros de maus tratos, inclusive com a possibilidade de ele ter sido morto por espancamento.

Em análise, foi encontrado um microchip no corpo do cachorro, que possibilitou a localização do proprietário. Também foi possível saber que o cão havia sido vítima de um atropelamento em setembro de 2018, tornando-se paraplégico após o acidente.

Ainda de acordo com o registro da ocorrência junto à Polícia Civil, o proprietário do cão teria procurado o CCZ demonstrando desinteresse em permanecer com o animal, e foi orientado naquela ocasião quanto às responsabilidades como tutor.

O caso foi registrado como maus tratos a animais. Segundo o delegado Marco Antônio Pozeti, o tutor foi apontado no registro da ocorrência e será investigado.

“Essa pessoa já foi ouvida informalmente e negou os fatos, apresentando sua versão e indicando um nome. Dessa feita, o procedimento seguirá seu caminho natural, se necessário instaurando inquérito policial, até descobrirmos a real autoria”, explicou o delegado.

A médica veterinária Aneli Marques, responsável pelo CCZ, disse que o proprietário do cão foi autuado pelo destino inadequado do cadáver do animal. A investigação policial vai apontar qual dos suspeitos responderá pelo crime de maus tratos.

“Se o cachorro não tivesse microchip, seria mais um morto e sem ninguém responder por isso. Também dependemos do apoio da população, que as pessoas não fechem os olhos para os casos de agressão”, defendeu Aneli.

Para a defensora dos animais Roberta Dias, é importante que as pessoas se conscientizem de que o abandono ou maus tratos aos animais pode render consequências.

“Precisamos repercutir um caso como esse, em que a denúncia chega à polícia. Na causa animal, esse é um grande passo”, frisou.

Podcast Além da Capa
O novo coronavírus representa um desafio para a estrutura de saúde de Americana, assim como outros municípios da RPT (Região do Polo Têxtil), mas não é o primeiro a ser encarado. H1N1, dengue, malária, febre maculosa. Outras doenças também modificaram rotinas, exigiram cuidados além do trivial – ainda que não tenha havido quarentena, como agora – e servem de experiência para traçar paralelos com o atual cenário. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com a repórter Marina Zanaki, que assina uma série de reportagens sobre outras epidemias em Americana.

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