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Americana

Poços têm filas de 40 minutos e até 5 retornos diários

Ao menos um restaurante fechou ontem e teve comerciante que precisou recorrer a caminhão-pipa para manter seu negócio de porta aberta

Por George Aravanis

18 de janeiro de 2020, às 08h23 • Última atualização em 18 de janeiro de 2020, às 08h29

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal.JPG
No Jd. Brasil, população teve que ter paciência para conseguir água

A rotina de falta d’água desta semana foi marcada por filas de até 40 minutos em poços artesianos, até cinco idas diárias às torneiras públicas e discussões. Ao menos um restaurante fechou ontem e teve comerciante que precisou recorrer a caminhão-pipa para manter seu negócio de porta aberta.

O vigilante Marcos Cruz, de 45 anos, presenciou uma discussão na hora do almoço no poço do Cidade Jardim, depois que um rapaz deixou uma mulher grávida entrar na sua frente. Um idoso que também estava na fila aproveitou para tentar passar na frente de outras pessoas e foi advertido por uma idosa que o mandou voltar para trás. “[O homem] xingou todo mundo”, contou Cruz, que, no meio da tarde, encarava a fila mais uma vez para abastecer sua casa.

Marcilei Brunieri, de 52 anos, dona de um restaurante no mesmo bairro, tem ido cinco vezes ao dia ao poço artesiano para manter seu estabelecimento aberto desde a quinta, quando secou a água de sua caixa.

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Em cada uma delas, leva quatro panelões de 20 litros cada. Mesmo assim, teve prejuízo de cerca de 30% de seu faturamento nesta sexta. É que por volta das 13 horas de ontem, devido à escassez de água, precisou parar de servir refeições no local e manteve apenas a venda de marmitas, porque não tinha água suficiente para continuar o preparo. Seu filho ligou para o DAE desde quinta, afirma. “Responderam ontem que hoje sem falta ia regularizar, ai hoje disseram que amanhã, mais provável segunda.”

No Jardim Brasil, a dona de casa Silvana Bueno, de 49 anos, encarava a fila pela segunda vez no dia. “A gente não tá tomando banho, a não ser de canequinha.”

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Edmar Tobias Ferreira, dono de uma padaria no Frezzarin, gastou R$ 300 ontem com caminhão pipa para manter o comércio funcionando. Um restaurante no Jardim São Paulo anunciou no Instagram que fechou nesta sexta por causa da falta d’água e que reabrirá quando a situação se normalizar.

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