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SEM PREVISÃO

Pedreiro aguarda por neurocirurgia há uma semana em Campinas

Leandro Cardoso, de 36 anos, caiu da altura de cinco metros e ficou tetraplégico

Por *Stela Pires

19 de novembro de 2021, às 17h30 • Última atualização em 19 de novembro de 2021, às 18h57

Leandro caiu da altura de cinco metros na quinta-feira, dia 11, enquanto realizava um serviço na região da Praia Azul - Foto: Gustavo Valério/Divulgação

O pedreiro Leandro Cardoso, de 36 anos, aguarda por neurocirurgia na cervical há uma semana no HC (Hospital das Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em Campinas. Leandro caiu da altura de cinco metros na quinta-feira, dia 11, enquanto realizava um serviço na região da Praia Azul, em Americana.

O pedreiro, que subiu no telhado para explicar o serviço que ia realizar no local, pisou em uma telha de plástico pintada que rompeu. Na queda, o homem bateu a cabeça e ficou tetraplégico.

Segundo a esposa de Leandro, Marcela Boulhaça, de 30 anos, o pedreiro, que foi levado ao HM (Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi), esperou por 24h na prancha de resgate e que não realizaram curativos na ferida da cabeça até a chegada do paciente ao HC.

Hoje, no Hospital das Clínicas, Leandro aguarda por neurocirurgia na cervical. “A médica já falou que ele vai precisar da cirurgia, mas não tem previsão, não tem uma data porque não tem vaga nem para cirurgia, nem para UTI”, explicou Marcela.

De acordo com ela, Leandro apresentou piora nos últimos dias, quando começou a ter febre. Ela foi informada ainda que, caso a cirurgia demore a ser realizada, o quadro da paciente pode piorar. “É para não ter mais danos, já afetou a medula dele, ele está tetraplégico”, contou a esposa.

Marcela também se preocupa com os riscos aos quais Leandro está exposto já que, desde que chegou ao HC, permaneceu no pronto-socorro por falta de quartos disponíveis.

O Hospital das Clínicas informou que a UTI e enfermaria do hospital estão lotadas há muito tempo e com a capacidade plena ocupada. Segundo eles, o paciente aguarda leitos nas duas áreas e só quando estiverem disponíveis poderão fazer a programação para a cirurgia. “Infelizmente vai ter que aguardar, é a nossa realidade”, disse a assessoria.

Também questionada pelo LIBERAL, a Prefeitura de Americana explicou que Leandro foi mantido na prancha do Corpo de Bombeiros devido ao “delicado estado clínico”, por conta das fraturas.

“Quanto aos demais ferimentos, o paciente recebeu a devida assistência, tanto pela equipe médica quanto pelos profissionais da enfermagem. Ele foi medicado, foi submetido a exames de imagens, recebeu curativos e foi transferido por meio de UTI móvel, no dia 12 de novembro, para a Unicamp”, afirmou a prefeitura.

*Estagiária sob supervisão de Luciano Bianco

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