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Americana

Pedinte que fazia ameaças com escorpiões é condenado

Homem carregava aracnídeos dentro de caixa de papelão e ameaçava jogar em quem não dava dinheiro

Por Leonardo Oliveira

15 de agosto de 2020, às 08h26

Um pedinte de 45 anos, que usava escorpiões para ameaçar motoristas em semáforos de Americana, foi condenado pela Justiça a um ano e seis meses de prisão, em regime aberto. Essa é a segunda condenação sofrida por ele pelo crime de extorsão. Ainda cabe recurso.

O episódio que gerou a sentença mais recente aconteceu na noite do dia 7 de setembro de 2017. Um engenheiro civil parou seu veículo no semáforo do cruzamento da Rua dos Antúrios com a Avenida Cillos. Ele se negou a dar moedas para o pedinte, que ameaçou jogar nele um escorpião que carregava em uma caixa de papelão.

O condutor conseguiu fechar a janela do automóvel e saiu do local, evitando ser atingido. Depois, foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência para denunciar o caso. Ele compartilhou o fato nas redes sociais e o crime repercutiu, sendo noticiado pelo LIBERAL na época.

Na decisão, o juiz André Carlos de Oliveira, da 1ª Vara Criminal de Americana, condenou o pedinte a um ano e seis meses de prisão em regime inicial aberto, além de fixar valor de três dias-multa, no mínimo legal (R$ 104). Como foi julgamento em primeira instância, o réu ainda pode tentar reverter.

Vários crimes do mesmo tipo foram denunciados naquele mesmo período, envolvendo o nome do pedinte. Guardas municipais ouvidos durante a fase processual confirmaram que foram solicitados diversas vezes para atender a ameaças supostamente praticadas por ele.

Um dos casos já havia terminado em condenação de um ano e seis meses de prisão em regime semiaberto. Em 10 de setembro de 2017, o pedinte ameaçou outro motorista com os aracnídeos – o condutor conseguiu fugir e acionar a Gama (Guarda Municipal de Americana), que prendeu o então suspeito e encontrou uma lata com escorpiões vivos.

DEFESA. O advogado Jorge Luiz Cesa, responsável pela defesa do pedinte, afirmou que vai recorrer da sentença e que rebaterá os argumentos utilizados pelo representante do MP-SP.

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