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Americana

Patriota espera por ‘efeito Bolsonaro’

Possibilidade de presidente se filiar à sigla anima diretório do partido em Americana, que reúne cerca de 2 mil filiados

Por Ana Carolina Leal

20 de junho de 2021, às 08h25

Rezende acredita que a presença do presidente aumentaria a representatividade da sigla e traria mais recursos para o município - Foto: Arquivo - O Liberal.JPG

Após fracassar na tentativa de criar o próprio partido, o presidente Jair Bolsonaro sinaliza migrar para o Patriota. Vice-presidente da legenda, em Americana, o ex-vereador Welington Rezende, acredita que a presença do presidente aumentaria a representatividade da sigla no País e traria mais recursos para o município.

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“Com a vinda do presidente para o partido viriam também muitos deputados estaduais e federais e elevaria a representatividade do partido, podendo trazer para nossa cidade mais oportunidades de indicações e ajudar com investimentos em setores que necessitam de verbas estaduais e federais”, afirmou ao LIBERAL.

Nas eleições de 2020, Welington concorreu como vice-prefeito pelo Patriota na chapa encabeçada pela ex-vereadora Maria Giovana Fortunato (PDT). O desempenho na disputa majoritária foi positivo, tendo Giovana conquistado a segunda maior votação, atrás do eleito Chico Sardelli (PV).

Na disputa pela câmara, porém, o resultado foi ruim. Somados, os 28 candidatos lançados pelo partido tiveram apenas 3.537 votos. A maioria sequer teve 100 votos. Com isso, ninguém foi eleito.

“Não conseguimos eleger, na última eleição, pelo número expressivo de candidatos, mas em 2015, quando fui eleito pelo PRP, tivemos dois parlamentares eleitos na cidade”, disse Welington.

Ele afirma que, hoje, há cerca de 2 mil filiados à legenda no município. “Esses filiados são resultado da junção do Patriota e do PRP (Partido Republicano Progressista), ocorrida em março de 2019”.

O Patriota surgiu em 2018 com a junção do PEN (Partido Ecológico Nacional) e do PRP. As negociações nos bastidores apontavam para a entrada de Jair Bolsonaro na legenda ainda naquele ano. Ele, por sua vez, optou por concorrer à eleição pelo PSL (Partido Social Liberal).

A migração impulsionou o partido. Em Americana, o PSL passou de seis para 29 candidaturas entre as eleições municipais de 2016 e 2020, apesar de ter eleito apenas o vereador Marschelo Meche no ano passado.

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A ida do presidente para o Patriota, portanto, poderia criar uma nova força na política. “Quando você traz uma figura ilustre com o cargo de presidente da República para uma instituição, você tem o ônus e o bônus, mas acredito que isso nos favoreça muito”, comentou o vice-presidente nacional do Patriota, Ovasco Resende. Atualmente, o partido possui uma bancada de seis parlamentares na Câmara dos Deputados.

O filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, já está no partido. Durante convenção nacional do Patriota, na última segunda-feira, ele disse que, antes de decidir sobre eventual filiação à legenda, o pai aguarda a sigla resolver questões internas.

“Estamos trabalhando na parte política para que haja harmonia em uma composição onde favoreça a todos para receber o presidente”, disse o vice-presidente nacional do Patriota ao LIBERAL.

Em Americana, a sigla, representada pelo presidente Claudio Gil e o vice Welington Rezende, mantém uma postura de acompanhar as decisões e posições tomadas pelo prefeito Chico Sardelli.

“Temos colaborado no sentido de observações e sugestões para ajudar a cidade, mas também apontar e relatar quando discordamos. Nesse momento, precisamos ajudar o município a sair desta pandemia, com força no emprego e renda para que a economia retorne e volte a tornar nossa cidade atrativa”, afirmou o ex-vereador.

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