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Americana

Para cotistas, atraso em reforma da ETE Carioba pode gerar demissões

Associação que representa empresas teme que trabalhadores que atuam no setor têxtil percam o emprego se o prazo para execução das obras na antiga estação não for prorrogado

Por Rodrigo Alonso

12 de agosto de 2020, às 08h01 • Última atualização em 12 de agosto de 2020, às 09h23

A Associação das Empresas Cotistas da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Carioba teme que trabalhadores do setor têxtil percam o emprego se o prazo para a execução das obras da estação não for estendido.

Um acordo firmado entre MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), prefeitura e DAE (Departamento de Água e Esgoto) em dezembro de 2017 previa a conclusão dos trabalhos ainda para este ano.

No entanto, conforme o LIBERAL noticiou na última sexta-feira, a prefeitura disse não ser possível concluir a reforma em 2020.

Na última quinta, em reunião realizada na capital, o prefeito Omar Najar (MDB) pediu um prazo maior ao procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo. A administração municipal ainda aguarda uma resposta.

O objetivo da reforma é aumentar para 80% a eficiência do tratamento dos efluentes gerados na cidade. Atualmente, a ETE Carioba trabalha com 40% de eficácia.

Se não houver essa melhora até o fim do ano, as indústrias que geram efluentes deverão ter seus próprios sistemas de tratamento, sob pena de não renovação das licenças de funcionamento, segundo Ivan Carneiro Castanheiro, promotor de Justiça de Americana.

Sem espaço
O presidente da Associação das Empresas Cotistas da ETE Carioba, Dilézio Ciamarro, mencionou que quase metade das tinturarias de Americana não possui espaço para a instalação de um sistema próprio.

De acordo com o mandatário, há 38 empresas do ramo na cidade, que atendem em torno de 550 tecelagens na RPT (Região do Polo Têxtil). Toda essa cadeia concentra 25 mil empregos diretos e indiretos. “Se não resolver, imagina o desemprego que vai ter”, afirmou.

Ele apontou que a associação está monitorando a situação. “Nós estamos juntos, trabalhando para que as coisas aconteçam”, declarou Dilézio, que também ocupa o cargo de vice-presidente do Sinditec (Sindicato das Indústrias de Tecelagem, Fiação, Linhas, Tinturaria, Estamparia e Beneficiamento de Fios e Tecidos de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré).

Podcast Além da Capa
Americana e região avançaram à fase amarela do Plano São Paulo pela primeira vez. Esse episódio do “Além da Capa” dá o tom do contexto local diante da etapa mais flexível vivida até agora desde o início da quarentena provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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