23 de abril de 2024 Atualizado 17:35

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Americana

Pai e filho são julgados por assassinato de dona de casa

Cleunice Rodrigues foi jogada viva nas águas do Rio Piracicaba pelo ex-genro em 2017, de acordo com denúncia feita pelo MP

Por Leonardo Oliveira

17 de setembro de 2019, às 09h41

Foto: Reprodução - Facebook
Cleunice Rodrigues foi à casa do ex-genro para tirar satisfação, mas não retornou para casa

Os dois acusados pela morte da dona de casa Cleunice Rodrigues, em 2017, passarão pelo Tribunal do Júri de Americana nesta terça-feira.

Na época, a mulher foi jogada viva nas águas do Rio Piracicaba pelo ex-genro Allan Trecino Santos, segundo a denúncia apresentada pelo MP (Ministério Público).

Carlos Alberto dos Santos, pai de Allan, também responde por homicídio qualificado por supostamente ter participado do crime – ambos estão presos.

A pena, nestes casos, varia de 12 a 30 anos de prisão. Por terem ameaçado uma das testemunhas do processo, podem pegar mais tempo caso sejam condenados.

O crime aconteceu na noite do dia 15 de outubro de 2017, e o corpo levou quase um mês para ser localizado. A mulher, que tinha 40 anos, desapareceu após sair da casa da filha durante a madrugada. Seu veículo foi encontrado no dia seguinte com duas marcas de tiros em um canavial, em Limeira.

De acordo com a denúncia, Cleunice, moradora do bairro São Jerônimo, foi até a casa do ex-genro, no Parque Planalto, em Santa Bárbara d’Oeste, para tirar satisfação por conta de um desentendimento, momentos antes, entre ele e a filha dela. A dona de casa estava acompanhada de uma amiga.

A vítima teria descido do carro e começado a chamar pelo ex-genro, batendo no portão da casa com um pedaço de madeira. Ela foi atendida por Carlos, quando teve início a discussão.

Allan apareceu com uma arma de fogo. Apesar disso, a ex-sogra tentou agredi-lo com um tapa, mas o movimento teria feito o revólver disparar, atingindo o portão.

Enquanto corria para o carro, Cleunice foi atingida no tórax pelo ex-companheiro da filha. Allan teria entregado a arma ao pai e ido em direção à amiga da dona de casa, dizendo que terminaria o “serviço”. Ele acabou liberando a testemunha após ela ter implorado.

Allan assumiu a direção do carro da ex-sogra, a colocou no banco do passageiro e pediu que o pai o acompanhasse em outro veículo até a ponte sobre o Rio Piracicaba.

No trajeto, a dona de casa teria dito a Allan que havia perdido a sensibilidade nas pernas e implorou por socorro. O pedido, no entanto, foi negado por ele.

Ao chegarem no destino, Allan jogou a vítima, ainda viva, no rio. Cleunice chegou a se segurar no gradil existente na lateral da ponte, mas seu ex-genro chutou suas mãos, fazendo com que ela se soltasse e caísse na água.

Na sequência, ele abandonou o carro da vítima em um canavial, em Limeira. No dia seguinte ao crime, os suspeitos, acompanhados de outros homens não identificados, procuraram pela testemunha na casa dela, obrigando-a fugir. Dois dias depois, descobriram onde a mulher estava – na casa de um tio – e voltaram a ameaçá-la efetuando disparos de arma de fogo contra a residência.

Pai e filho foram presos no dia 10 de novembro na cidade de Assis Chateaubriand, no Paraná. O corpo da vítima foi encontrado dois dias depois no Rio Porto de Areia, no bairro Tanquã, em Piracicaba.

A reportagem entrou em contato com a advogada Iracilda Xavier, responsável pela defesa dos acusados, mas ela preferiu não se posicionar sobre o júri.

Também foi tentado contato com a filha da vítima, mas as ligações para o telefone dela não foram atendidas.

Publicidade