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SUBSTITUIÇÃO

Padre Sérgio propõe Consciência Negra como feriado religioso

Ideia do petista é substituir o feriado municipal de Dia de Finados em 2 novembro pela Consciência Negra em 20 de novembro

Por André Rossi

11 de março de 2020, às 13h56 • Última atualização em 11 de março de 2020, às 16h37

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
A justificativa do vereador para a troca é que finados já é um feriado nacional

Um projeto de lei do vereador Padre Sérgio (PT) pretende instituir o Dia da Consciência Negra como feriado religioso em Americana. Para isso, o texto sugere a alteração da lei municipal 939, de 10 de março de 1969, que traz os quatro feriados religiosos atuais da cidade.

A ideia é retirar o feriado municipal de Dia de Finados em 2 novembro e colocar a Consciência Negra em 20 de novembro no lugar. O projeto ainda está em tramitação na câmara. O texto original não previa a substituição, mas foi modificado após um parecer contrário da Comissão de Justiça e Redação.

A lei da década de 1960, sancionada pelo então prefeito Abdo Najar, declarou como feriados municipais a Sexta-Feira Santa (que antecede o Domingo de Páscoa), Corphus Christi (11 de junho), Dia de Santo Antônio (13 de junho) e Dia de Finados (02 de Novembro).

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Cada município pode ter até quatro feriados religiosos através de lei municipal. A justificativa do vereador para a troca é que finados já é um feriado nacional.

“Em Americana estava como municipal. Foi por isso que a gente deu caráter religioso (para Consciência Negra). Ele (feriado nacional de finados) continua existindo e a gente pede o dia 20 de novembro para Consciência Negra como feriado religioso. É nesse sentido que a gente fez a substituição”, explicou Padre Sérgio.

Das cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), Americana é a única na qual não é feriado. A data é uma referência à morte de Zumbi dos Palmares, que foi símbolo da luta pela liberdade do povo afro-brasileiro.

“Na época que Zumbi foi assassinado, a religião católica era oficial. Quem se rebelava como Zumbi era perseguido até ser morto. Eles também praticavam sua religião e eram perseguidos e mortos. Era obrigado, assim que descia do navio negreiro, a ser batizado, era um absurdo. Era obrigado a negar sua religião. Por isso que estamos entrando num espaço de feriado religioso, que preserva suas religiões e a gente deixa finados como um feriado nacional”, argumentou o petista.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A edição desta semana do podcast “Além da Capa” aborda a substituição da mão de obra de pessoas mais velhas por outras mais novas na RPT (Região do Polo Têxtil), em 2019. Ouça:

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