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Atentado violento ao pudor

Padre Leandro Ricardo depõe e julgamento caminha para o fim

Juiz do caso em Araras deu uma prazo de cinco dias para requerimentos das partes; oitivas tiveram início no dia 8 de junho

Por Ana Carolina Leal

28 de agosto de 2021, às 07h27 • Última atualização em 28 de agosto de 2021, às 07h31

O Padre Pedro Leandro Ricardo, ex-reitor da Basílica de Santo Antônio de Pádua, em Americana, foi ouvido pela Justiça nesta sexta-feira. Ele responde a acusação de atentado violento ao pudor contra quatro ex-coroinhas em Araras.

Segundo o advogado de defesa do pároco, Paulo Sarmento, o juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira, da Vara Criminal de Araras, deu um prazo de cinco dias para requerimentos das partes.

Audiência do padre Leandro sobre o caso durou pouco mais de duas horas nesta sexta-feira – Foto: Arquivo / O Liberal

“Após decisão do juiz, e dependendo dos requerimentos, segue para alegações finais e sentença”, afirmou.

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A audiência do padre durou pouco mais de duas horas. Sarmento disse em entrevista ao LIBERAL que não poderia comentar o depoimento. Afirmou apenas que “o pároco esclareceu todas as inverdades que foram ditas contra ele”. Procurada pela reportagem, a advogada de acusação, Thalita Camargo, não respondeu até o fechamento desta matéria.

O interrogatório do padre Leandro foi antecipado para a tarde de ontem, depois do advogado dele ter desistido de convocar 18 das 32 testemunhas de defesa elencadas. Pela acusação, além dos quatro coroinhas, foram ouvidas oito testemunhas. A fase de acusação foi concluída no dia 11 de junho.

DENÚNCIAS
Os crimes de atentado violento ao pudor teriam ocorrido entre 2002 e 2005, em Araras, onde padre Leandro iniciou o sacerdócio antes de ser transferido para Americana.

A denúncia aponta que Leandro levou um adolescente à casa paroquial a quem teria oferecido bebida alcoólica antes de realizar sexo oral. O padre também teria alisado o corpo de um menino de 11 anos a pretexto de vesti-lo com uma batina.

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Nos outros dois casos, de acordo com o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), o pároco passava as mãos nas coxas e órgãos genitais dos adolescentes durante viagens de carro.

Leandro sempre negou as denúncias. Em depoimento à polícia, disse que contrariou interesses econômicos de pessoas ligadas à Igreja e, por isso, foi alvo de uma campanha de difamação contra ele.

Iniciado no dia 8 de junho, com a previsão de que as audiências durassem apenas três dias, o julgamento foi interrompido e estendido para outras datas em virtude do grande número de testemunhas, assim como da longa duração dos depoimentos.

Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), todo o procedimento conduzido pela Vara Criminal de Araras foi realizado por meio de videoconferências.

Além do processo em andamento na Justiça de Araras, as acusações contra o padre Leandro, afastado da Basílica de Americana desde 2019, também são investigadas pelo Vaticano.

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