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Americana

Omar estuda comprar consultas com clínico geral para reduzir filas

Governo pretendia contratar uma empresa para fornecer médicos para os postinhos, mas a licitação já foi suspensa duas vezes

Por George Aravanis

24 de agosto de 2019, às 09h09 • Última atualização em 24 de agosto de 2019, às 09h17

Foto: Marília Pierre - Divulgação.JPG
Durante entrega de reforma em quadra no Jardim dos Lírios, ontem, Omar (centro) disse que tenta sair de impasse sobre consultas

O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), disse nesta sexta-feira que a prefeitura estuda comprar consultas de clínicos gerais de consultórios particulares para atender à população que depende da rede pública de saúde. A medida seria uma alternativa para reduzir a fila de espera nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), porta de entrada no sistema. Em algumas unidades, em junho já não havia mais consulta para 2019.

O governo municipal pretendia contratar uma empresa para fornecer médicos para os postinhos, mas a licitação já foi suspensa duas vezes, ambas por determinação do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

“Sim, existe [possibilidade de comprar as consultas]. Nós estamos estudando a maneira de sair desse impasse”, afirmou Omar durante a entrega de reforma de uma quadra de esportes do Jardim dos Lírios, na tarde de ontem.

Hoje, a prefeitura já compra consultas, mas apenas de médicos especialistas, por meio do programa Saúde Já. O programa reduziu a espera em várias especialidades e até zerou a fila para consultas com otorrino, de acordo com o governo (leia mais nesta página).

Só que a dificuldade para conseguir atendimento com o clínico geral continua, já que há déficit de médicos de atenção básica no município. Como a espera para marcar uma consulta é longa em vários postos, pacientes que precisam de uma receita para medicamentos, por exemplo, chegam até de madrugada para tentar conseguir um encaixe, sem garantia nenhuma de sucesso.

A esperança do governo para conseguir médicos era uma licitação para contratar uma empresa que forneceria a mão-de-obra à administração municipal. Seriam 14 profissionais, entre clínicos, pediatras e ginecologistas.

No fim do mês passado, porém, a licitação foi suspensa pela segunda vez por determinação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), em caráter liminar, para análise de alguns pontos do edital.

“Nós estamos fazendo todo esforço, é gozado: a Justiça sabe das dificuldades, sabe da situação da saúde, não só aqui em Americana como em todo Brasil, e fica criando dificuldade. E a gente tem que lutar e discutir”, desabafou o prefeito.

PROCESSO. “Você vê que o caso dos professores tivemos que ir até o Supremo para contratar professor”, disse Omar, referindo-se ao processo seletivo simplificado da educação, que chegou a ser barrado pela Justiça, mas foi autorizado posteriormente pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Não necessariamente será usado o programa Saúde Já para comprar as consultas com clínicos.

“Existem outros modos aí que eu falei com o Gleberson [Miano, secretário de Saúde] hoje [ontem] cedo. Ele esteve lá [no gabinete], nós estamos correndo atrás para não deixar falta de médico”, afirmou o prefeito. Os valores a serem pagos também não estão decididos, afirma Omar.

No Saúde Já, a prefeitura desembolsa R$ 52 por atendimento.

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