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Americana

Omar critica ato de guardas e fala em ‘excesso’ de efetivo

Agentes defendem que aumento das atribuições da Gama, se houver fiscalização sobre os ambulantes, prejudicaria o trabalho; prefeito vê "indisciplina"

Por Leonardo Oliveira

31 de agosto de 2019, às 07h52 • Última atualização em 31 de agosto de 2019, às 07h54

O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), disse nesta sexta-feira que a Gama (Guarda Municipal de Americana) tem um “exagero de funcionários” e que encarou como “indisciplina” a atitude dos guardas que apelaram contra a aprovação do projeto que permite à corporação apreender produtos de ambulantes irregulares. A declaração foi dada em coletiva de imprensa na qual anunciou verbas para a área da saúde.

Questionado se haveria mudanças no projeto, o prefeito afirmou que os fiscais da prefeitura não são suficientes e que a guarda tem um efetivo de 350 integrantes, defendendo que a corporação atue na fiscalização aos ambulantes. “O que custa? São funcionários, recebem bem”, afirmou.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Omar Najar argumenta que o número de fiscais é insuficiente

Além disso, também criticou o ato de “protesto” dos patrulheiros, realizado na sessão da câmara de quinta-feira. Alguns agentes defendem que o aumento de atribuições da Gama vai dificultar o trabalho. “Se o pessoal não quer trabalhar é outro problema. Fazer pressão em um assunto de legalidade eu acho que é indisciplina”, acrescentou o prefeito.

A votação final não ocorreu, pois a vereadora Maria Giovana Fortunato (PCdoB) pediu vistas de um veto a uma proposta de sua autoria que instituía a possibilidade de recorrer de multas de trânsito pela internet. O veto suspende o resto da pauta, e nada mais pode ser votado sem que ele seja apreciado.

FORMATO

O presidente da associação de guardas de Americana, Rogério Vanzo, argumentou que não é contra o projeto, mas sim a maneira em que foi proposto. “Ele precisa ser aprimorado. O projeto pode ser aprovado, com certeza, mas precisava ser mais completo, ele está muito vago”, opinou.

Outro guarda municipal, que pediu para não ser identificado, contestou a argumentação do prefeito, defendendo que apenas a minoria do efetivo da Gama atua na rua e que os 350 funcionários são distribuídos em quatro equipes.

“São 35 guardas, no máximo, no patrulhamento, e os que efetivamente atendem as ocorrências são 12, que são de viaturas operacionais e apoio”, informou.

Ele disse ainda que não é contra cumprir a atribuição, desde que as condições de trabalho melhorem. “Nós temos que fazer o trabalho da Secretaria do Meio Ambiente, que é a fiscalização em área verde, que eu acho que quem deveria fazer era a viatura do GPA (Grupo de Proteção Ambiental)”, completou.

Corporação diz estar preparada para acompanhar fiscalização

A direção da Gama (Guarda Municipal de Americana) garante que está preparada para atuar na fiscalização indicada no projeto de lei referente à fiscalização de ambulantes e que “apenas” 12 guardas serão deslocados para essa função, caso a propositura seja aprovada pela câmara.

Somente em condição de ausência dos fiscais da prefeitura é que a corporação entraria com seu efetivo.
Cerca de 30 guardas atuam em áreas administrativas atualmente, e os demais são operacionais, diz a autarquia.

“Mesmo aqueles que atuam no GPA (Grupo de Proteção Ambiental) também atendem ocorrências quando flagram algum delito”, observa a corporação.

Os patrulheiros devem passar por um período de três meses de capacitação antes de iniciarem o trabalho nas ruas de Americana.

“A atuação neste tipo de fiscalização será em demandas específicas, ou seja, junto àqueles que estejam atuando irregularmente em locais públicos e atrapalhando o comércio local. A direção da Gama reforça que as manifestações de guardas favoráveis ao projeto são a grande maioria dentro da corporação”, completa, em nota.

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