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Lua de Sangue

OMA volta a abrir para observação de eclipse neste domingo

Observatório, fechado na pandemia, permitirá que público use telescópios para ver fenômeno na madrugada desta segunda

Por Caio Possati

15 de maio de 2022, às 10h16 • Última atualização em 15 de maio de 2022, às 10h17

Observatório, localizado na área do Jaridm Botânico, ainda não retomou suas atividades regulares - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal

Marcado para acontecer no final da noite deste domingo e início da madrugada de segunda-feira, o fenômeno da “Lua de Sangue” — quando a Lua fica com a superfície toda avermelhada — poderá ser observado pelas pessoas diretamente do OMA (Observatório Municipal de Americana).

O local, que ainda não retomou as suas atividades regulares por conta da pandemia, fará uma exceção nesta noite e abrirá as portas para o público presenciar o eclipse lunar da cúpula de observação do local. O evento é gratuito e as pessoas poderão usar telescópios.

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Os interessados poderão chegar ao OMA a partir das 22 horas, aproximadamente 30 minutos antes do início do eclipse, que se caracteriza pelo momento em que a Lua fica completamente atrás da sombra da Terra.

De acordo com o astrônomo Carlos Andrade, o eclipse lunar vai se iniciar exatamente às 22h32, mas é somente depois das 23h27 que as pessoas vão conseguir perceber uma diferença na cor do satélite.

“A totalidade do eclipse vai começar 00h29 e vai até a 1h53, quando a Lua estará totalmente imersa na zona da sombra projetada pela Terra no espaço”, explica o astrônomo. Será neste horário que as pessoas vão conseguir ver o satélite na cor vermelha de forma mais intensa.

Ainda de acordo com o astrônomo, o evento vai durar por mais algumas horas, até as 3h50, quando a Lua vai sair por completo da sombra da Terra. Porém, o OMA deve encerrar a observação antes, às 3h. E, os organizadores alertam que, se o tempo estiver nublado ou chuvoso, o evento será automaticamente suspenso.

LUA VERMELHA. O astrônomo conta que a cor da Lua muda porque a Terra serve como espécie de filtro da luz solar, permitindo atravessar os comprimentos de onda vermelha. “A Lua não tem uma luz própria. Então, pela lógica, ela deveria se apagar por completo. Mas, isso não acontece porque, basicamente, a atmosfera terrestre causa uma refração e a dispersão da luz do Sol que chega à Lua”, explica.

Até por conta disso, o eclipse lunar, diz Carlos Andrade, consegue ser um termômetro da qualidade do ar. “Quanto mais acentuado e escuro for o vermelho da Lua, mais suja está a nossa atmosfera”, diz.

Se o céu estiver limpo e sem nuvens, a Lua de Sangue poderá ser vista de qualquer ponto do Brasil. E ver a olho nu, ou seja, sem instrumento ótico, também tem as suas vantagens garante o astrônomo: “À medida que a Lua cheia vai sendo encoberta pela sombra da Terra, as estrelas que o satélite estava ofuscando passam a brilhar com mais intensidade. E, pelo telescópio, o campo de imagem é mais restrito e não permite ver esse fenômeno”.

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