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Obras vicentinas: um lindo legado sendo passado adiante

Em Americana, um símbolo da Sociedade São Vicente de Paulo é o Lar dos Velhinhos

Por Jucimara Lima

08 de agosto de 2022, às 09h02 • Última atualização em 08 de agosto de 2022, às 09h08

Duas gerações Regina e Rebeca se apoiam na administração do lar - Foto: Junior Guarnieri - Liberal.JPG

Nesse domingo, a SSVP (Sociedade São Vicente de Paulo) comemora 150 anos no Brasil. Fundada na França em 1833, a SSVP nasceu com a ideia de demonstrar amor ao próximo. Conta a história que a escolha do santo como patrono da causa se deu porque São Vicente teve uma vida marcada pela piedade, bondade e dedicação fervorosa aos mais necessitados. Atualmente, a SSVP está presente em 143 países e possui mais de 700 mil membros.

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Em Americana, a atuação da maior organização social do mundo já tem mais de 80 anos. Um grande exemplo desse lindo trabalho desenvolvido pelos vicentinos é o Lar dos Velhinhos, como carinhosamente é conhecido, que em 2022 comemora 44 anos de história.

Regina Silva, de 50 anos, vice-presidente e uma das pessoas mais engajadas na causa vicentina na cidade, explica que atualmente o lar sobrevive basicamente de doações, sejam elas feitas pelos Anjos do Lar (pessoas que colaboram com doações de produtos ou em dinheiro), um subsídio municipal, além de ações como os eventos, as pizzadas, o carnê solidário e ações ligadas à Nota Fiscal Paulista.

Alma vicentina. Apesar de ter oficialmente ingressado na administração do lar apenas em 2017, a história de Regina com a SSVP e com o próprio São Vicente vai muito além. A administradora conta que aos 21 anos de idade passou a fazer parte das conferências e que ainda hoje visita comunidades com o seu grupo levando alimento para o corpo e para alma.

“Sou vocacionada a servir. Não é mais um voluntariado. Eu não ganho nado, além disso, assumir o amor ao pobre é como um chamado. Jesus escolheu nascer pobre, viveu com os pobres, então, eu falo que o único caminho para a salvação é a caridade. Você até pode dobrar seu joelho e rezar, mas nada passará do teto se não colocar a mão na massa”, comenta ela, que diz ter sido chamada de “louca” por muitos quando tomou a decisão de assumir o trabalho no lar. “Se eu podia fazer, por que não tentar?”, reflete.

Lar, hoje. Atualmente, o Lar São Vicente atende 35 idosos e mantém a sua essência de abrigar indivíduos de ambos os sexos que se encontram em vulnerabilidade social e sem condições (físicas ou financeiras) de se manterem sozinhos. Apesar de a capacidade ser para 40 pessoas, faltam braços. “A legislação exige um número determinado de cuidadores”, explica a coordenadora e psicóloga Rebeca Zavarelli Espósito, de 27 anos.

De acordo com a coordenadora, no momento, a equipe técnica é formada por 18 cuidadores, um nutricionista, um enfermeira, um terapeuta ocupacional, um psicólogo, um assistente social, cinco profissionais de apoio, um profissional de departamento financeiro, uma recepcionista e uma motorista.

Já a estrutura do residencial conta com 20 quartos, separados em alas, todos com banheiros adaptados, além de um jardim, horta, pátio e capela, onde inclusive ocorre uma missa para os internos, toda primeira quarta-feira do mês.

“A Regina batalha muito pelo lar. A comunidade ajuda muito, mas a excelente administração dela é o que mantém tudo isso aqui em ordem”, afirma Rebeca. Mesmo muito jovem, a moça adora trabalhar no lar e diz que antes nunca tinha imaginado amar tanto pessoas que não fossem de sua família. “É um amor que não tem explicação”, comenta a coordenadora, que mesmo não sendo vicentina, tem a essência da caridade.

E para quem se identificou com a causa e deseja ajudar, vale dizer que produtos como lençol, toalha, leite, café, bolacha, chá, produtos de limpeza e luvas de látex são sempre uma grande necessidade do lar. Mais informações pelo telefone (19) 3461-1449. 

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