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Criminalidade

Número de vítimas de homicídio doloso é o menor desde 2002

Nas cinco cidades que formam a Região do Polo Têxtil, houve diminuição nos principais crimes em 2019, segundo dados da SSP

Por George Aravanis

25 de janeiro de 2020, às 08h28 • Última atualização em 25 de janeiro de 2020, às 13h42

Os principais crimes tiveram queda na RPT (Região do Polo Têxtil) em 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública). O número de pessoas mortas em homicídios dolosos (com intenção de matar) nas cinco cidades, por exemplo, é o menor desde 2002, quando teve início a série histórica lançada pelo governo do Estado. Ano passado, foram 54 vítimas.

Em 2002, 275 pessoas foram assassinadas em Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré. Em relação a 2018, a queda na quantidade de mortos foi de 30,7% – foram 78 no ano anterior.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Homem baleado em Nova Odessa em julho de 2019: cidade registrou queda

Houve queda também no número de roubos (5,8%; de 3.351 para 3.157 crimes), estupros (17,5%; de 57 para 47), furtos de veículos (18,7%; de 3.167 para 2.667), roubos de veículos (7,6% ; de 985 para 910) e roubos de carga (48,1%; de 268 para 139), sempre na comparação com 2018.

Quatro das cinco cidades registraram em 2019 o menor número de vítimas de homicídios da série histórica. A exceção é Nova Odessa, que não teve a menor quantidade, mas registrou redução em 2019.

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Comandante do Batalhão da PM em Americana (que também abrange Santa Bárbara d’Oeste), o tenente-coronel Luiz Horácio Raposo Borges de Moraes, que assumiu a unidade há um ano, diz que tentou enxugar o trabalho administrativo e focar no patrulhamento.

“O que a gente faz é botar polícia na rua”, afirmou Raposo. Segundo ele, com mais policiais na rua e mais abordagens, é possível, por exemplo, apreender mais armas de fogo, o que pode evitar crimes.

Marcos Guilherme, comandante da Gama (Guarda Municipal de Americana), diz que o tráfico de drogas e a violência contra a mulher, dois delitos que geralmente aumentam as chances de homicídios, têm sido bastante atacados pela corporação e pelas polícias na cidade.

Ouça o “Além da Capa”, um podcast do LIBERAL

Guilherme cita o aumento de apreensões de drogas e uma patrulha especializada em proteção a mulheres agredidas pelos maridos como possíveis causas de redução dos crimes contra a vida.

De acordo com ele, o monitoramento por câmeras e a integração de sistemas de vigilância particulares com a central da Gama ajudam a inibir a violência e a chegar aos bandidos.

Delegado assistente da Delegacia Seccional de Americana, José Luis Joveli também acredita que a redução do número de homicídios pode ser resultado de uma atenção maior ao combate de vários crimes, como o tráfico e violência doméstica.

“Muitas vezes os crimes são em decorrência do tráfico”. Segundo ele, a Polícia Civil tem intensificado investigações que combatem o tráfico e roubos.

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