O número de presos em flagrante em Americana cresceu 22,5% no ano passado, em comparação com 2018. As forças de segurança detiveram 457 pessoas na hora ou logo depois do crime em 2019, ante 373 no ano anterior. Os dados são da SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública).

Em paralelo, a quantidade de alguns dos principais delitos recuou. Especialista em segurança diz que a alta de prisões contribui para isso.

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Delegado assistente da Delegacia Seccional de Americana, José Luis Joveli acredita que boa parte das prisões em flagrante está relacionada às operações policiais, nas quais os agentes costumam se deparar com situações que levam à detenção de alguma pessoa – como posse de drogas ou armas – e à violência doméstica, por causa da Lei Maria da Penha.

Foto: DIG Americana / Divulgação

A prisão em flagrante acontece quando um suspeito é pego durante um crime ou logo depois disso.
É diferente da detenção com base em um mandado emitido pela Justiça. Nesse segundo caso, o crime pode ter sido cometido há bastante tempo, mas, com base em investigações, a polícia pede a prisão temporária do suposto autor, por exemplo. O mandado pode ser expedido também para prender pessoas já condenadas.

O número de prisões por mandado teve queda de 5,8% entre 2018 e 2019 na cidade. Se somadas a quantidade de presos em flagrante e por mandado, a polícia encarcerou 894 pessoas em 2019, aumento de 6,8% na comparação com o ano anterior.

Para o capitão Antonio Carlos Rugero Filho, da 1ª Companhia da PM (Polícia Militar), responsável pelo patrulhamento em Americana, o aumento dos flagrantes deve-se a um melhor direcionamento das rondas e maior integração com a Gama (Guarda Municipal de Americana).

Segundo o capitão da PM, é importante que todos os crimes, mesmo os pequenos, sejam registrados. “Esse registro desse crime me traz a informação que eu preciso para direcionar o policiamento”, afirma.

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Os números de alguns dos principais indicadores da criminalidade recuaram em Americana em 2019. É o caso de roubos (redução de 8,5%, de 645 para 590), vítimas de homicídio (de 10 para oito, queda de 20%) e furtos de veículos (de 1.212 para 1.004 casos, baixa de 17,1%). O número de roubos de veículos cresceu 3,2% (de 123 para 127), e o de roubo de cargas, 66,6% (nove para 15).

Coronel reformado da PM e especialista em segurança pública, José Vicente da Silva Filho diz que, além de tirar criminosos de circulação, o aumento do número de prisões é um dos principais modos de dissuadir outros. “Nós estamos vendo no Rio de Janeiro a polícia matar mais e achar que isso reduz a criminalidade. Não tem relação tão direta [com a redução] como as prisões e apreensões de arma”.