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Patrimônio

Nove casas da Rua Dom Pedro são tombadas e viram patrimônio público

Famílias receberão uma cartilha para saber como podem mexer nos imóveis

Por Maria Eduarda Gazzetta

02 de dezembro de 2021, às 08h02

As casas que pertenciam à extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal), na Rua Dom Pedro 2º, em Americana, se transformaram em patrimônio da cidade, após a publicação do decreto que prevê o tombamento das nove unidades. O documento foi publicado no Diário Oficial.

Imóveis eram da Rede Ferroviária Federal e foram doados para os funcionários da empresa, que não podem vender pelo prazo de cinco anos – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Em reunião realizada no dia 25 de agosto, o Condepham (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural) de Americana, aprovou por unanimidade e emitiu parecer favorável ao tombamento dos Prédios Históricos da Antiga Vila dos Ferroviários.

“É manifesto o interesse público na preservação, face ao valor histórico e cultural que possuem, como parte integrante da memória de nossa cidade e de sua relevância para a comunidade americanense, a impor ao poder público o dever de defendê-los e resguardá-los para as presentes e futuras gerações”, trouxe o decreto.

A partir do tombamento, o presidente do Condepham, Diego Bernardo, informou que uma cartilha será elaborada para as famílias que moram nas casas. “Por ser patrimônio histórico, os moradores irão receber esse manual para que quando for preciso fazer uma alteração que façam dentro das características permitidas. É uma contrapartida de quem herda este imóvel apresentar o zelo”, comentou o presidente.

Ele informou, ainda, que a partir da data do recebimento do imóvel, o proprietário não poderá vender a casa por cinco anos. A entrega da transferência, no entanto, ainda não foi realizada, de acordo com a moradora da casa 48, Sonia Aparecida Venerando Vespasiano, de 57 anos. “Sabemos do tombamento, inclusive participei de uma reunião com o secretário de Planejamento [Ângelo Sérgio Marton], há dois meses, que nos informou que existe um projeto de arrumar e pintar todas as casas iguais, mas ainda isso não aconteceu”, relatou.

Sonia é casada com Wagner José Vespasiano, de 64 anos, que trabalhou por 20 anos como chefe de trem. Eles moram há 25 anos no local. “Não temos a intenção de sair daqui, temos nossas histórias”, disse.

A prefeitura foi questionada sobre a entrega das transferências e pintura, mas disse que responderia hoje.

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