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Cantareira

Novas regras ajudam em economia de água

Câmara Técnica dos Comitês PCJ impôs restrições para evitar desabastecimento durante a estiagem, considerada “bastante severa”

Por André Rossi

15 de dezembro de 2019, às 09h13

Foto: Arquivo - O Liberal.JPG
Novas regras para hidrelétricas economizaram 28 bilhões de litros

As novas regras operacionais impostas pela CT-MH (Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico) dos Comitês PCJ para as hidrelétricas que estão na Bacia PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) resultaram em uma economia de 28 bilhões de litros d’água durante a estiagem, compensando a maior média de descargas (abertura de comportas) do Sistema Cantareira para as bacias desde 2017.

A informação é do coordenador da CT-MH, Alexandre Vilella. No período mais seco do ano, de abril a outubro, foram realizadas 64 operações de abertura e fechamento que permitiram descargas médias de 8,25 m³/s. No ano anterior, a média ficou em 6,05 m³s, enquanto 2017 registrou 5,71 m³/s.

“Este ano, de abril a outubro, nós tivemos um período extremamente seco, uma estiagem bastante severa. Isso fez com que a gente tivesse as maiores descargas históricas. Para esse próximo ano, todos os especialistas indicam que a gente vai ter chuvas dentro da média histórica ou até um pouquinho acima”, explicou Vilella.

O volume de água disponibilizado anualmente pelo Sistema Cantareira às Bacias PCJ é de 158,1 bilhões litros. Com a regulamentação imposta às hidrelétricas da bacia, como a de Americana na represa Salto Grande, foi possível economizar 28 bilhões de litros durante o período.

As novas regras basicamente determinam quando as hidrelétricas podem ou não gerar energia. Se o nível do rio estiver baixo, por exemplo, é proibido. O principal objetivo é evitar variações abruptas e, consequentemente, desabastecimento em períodos do dia, como ocorria em Campinas e Jaguariúna.

“A gente conseguiu construir para esse ano regras operativas para as usinas hidrelétricas instaladas na bacia, coisa que historicamente a gente nunca teve. Foi o primeiro ano e a princípio funcionou muito bem. Não tivemos mais grandes variações na calha dos rios Atibaia, Jaguari e Piracicaba”, explica Vilella.

REUNIÃO. No dia 4 de novembro, o DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana sediou a reunião mensal da CT-MH. O objetivo dos encontros é avaliar o comportamento do Rio Piracicaba e seus afluentes quanto à vazão, quantidade de chuva, necessidade de descargas do Sistema Cantareira, entre outros apontamos.

“Após as novas regras do Sistema Cantareira em 2017, isso melhorou muito a quantidade de água que a gente consegue descarregar, dando mais segurança hídrica para os mais de seis milhões de habitantes que estão a jusante das barragens. Tanto é que esse ano conseguimos praticar a máxima histórica de descarga desde que se inaugurou o Cantareira, que foram 12,25 m³/s, permitindo mais água para o Jaguari e o Atibaia, formadores do Piracicaba”, comentou o coordenador do CT-MH.

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