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SAÚDE

Nova onda de Covid-19 faz disparar busca por autotestes em Americana

Quarta onda da doença aumentou a venda dos exames em mais de 175% em farmácias; cidade já ultrapassou 40 mil casos desde o início da pandemia

Por Ana Carolina Leal

19 de junho de 2022, às 08h08

A nova onda de contaminações por coronavírus (Covid-19) fez disparar a procura por autotestes nas farmácias de Americana. Nas unidades da Rede Droga Raia, por exemplo, as vendas aumentaram mais de 175% na primeira semana de junho, em relação ao mesmo período de maio.

O município já ultrapassou 40 mil casos da doença. Último boletim divulgado pela prefeitura na quarta-feira, dia 15, apontava 40.385 registros positivos, 659 a mais do que em 10 de junho. Os números são contabilizados desde março de 2020.

A rede Drogal também teve alta na procura, tanto do teste feito em farmácia quanto do autoteste, afirmou a assessoria em nota, acrescentando que os preços não sofreram alteração desde o início da comercialização, em março. Um teste custa R$ 69,90. Comprando acima de dois, o valor cai para R$ 59,90.

Nesta sexta, um funcionário de uma unidade da Rede Todo Dia, na Rua Cândido Cruz, no Centro, disse que desde quinta, ou seja, em menos de dois dias, já haviam sido vendidos 60 autotestes. Cada um por R$ 29,98.

Na Droga Pires da Rua Fernando de Camargo, também na região Central, a procura está intensa desde maio. “Os clientes buscam tanto pelo autoteste como pelo teste rápido. São vendidos, em média, uns dez por dia”, declarou um funcionário.

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No País temos hoje 31 autotestes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp, em Campinas, e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, o autoteste é ótimo porque possibilita um diagnóstico precoce da Covid, e com isso a implementação de medidas de isolamento.

Mas por outro lado, afirma, a falta de um planejamento adequado pelo Ministério da Saúde para que os resultados dos autotestes sejam notificados à vigilância faz com dois terços ou mais dos casos sejam subnotificados.

“As farmácias, quando procuradas para realização do teste rápido, do antígeno, elas notificam a vigilância sobre o resultado. O que acontece é que não tem obrigatoriedade ou mecanismo de notificação para quem faz em casa e isso é o que deveria ser feito. Não devemos dificultar o acesso ao autoteste, porque isso acaba ajudando a diminuir o elo de transmissão da doença, o que precisava era que o Ministério fizesse uma regulamentação para que tivéssemos acesso ao resultado”.

Médica infectologista que atua no Hospital Unimed, em Americana, Ártemis Kílaris afirma que a partir de agora só é importante a notificação de casos graves, denominados SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que causam internação. “Penso que os casos leves serão constantes daqui para frente, como são as gripes e resfriados. Porém, ao meu ver, somente os casos graves são de importância para serem notificados”.

A reportagem questionou o Ministério da Saúde, na última sexta-feira, mas não teve resposta.

Como funciona?
O exame é parecido com o teste rápido de antígeno, mas pode ser feito por leigos, em casa. O kit vem com um dispositivo de teste, tampão de extração, filtro e o swab – uma espécie de cotonete.

Se o exame der positivo, o paciente deve imediatamente evitar o contato com outras pessoas, para minimizar a transmissão da doença. E, quando possível, deve procurar atendimento especializado de profissionais de saúde, para confirmar o diagnóstico.

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