Lojistas do Centro de Americana buscaram orientar os consumidores e incentivar as compras por meio de aplicativos nesta segunda-feira (8). Apesar da fase vermelha do Plano São Paulo vetar as compras “in loco” no comércio, muitos consumidores procuraram as lojas do Calçadão para tirar dúvidas ou tentar pagar boletos.

O LIBERAL percorreu a região central e visualizou diversas lojas funcionando no esquema de “meia porta”, com entrega de produtos. Por outro lado, alguns grandes varejistas optaram por não ter qualquer expediente no local e atender pela internet.

É o caso do Ponto Frio. As portas estavam repletas de cartazes com o número de WhatsApp dos vendedores. Alguns traziam mensagens bem humoradas, como “me chama no contatinho”.

A Casas Bahia da Praça Comendador Muller também estava com as portas abaixadas e cartazes fixados com o contato dos vendedores. O LIBERAL presenciou um idoso indo até o local para assinar documentos.

A vendedora abriu a porta, colheu a assinatura e voltou para dentro. “Agendei por WhatsApp”, contou o morador para a reportagem.

Outros lojistas optaram por montar uma “bancada” na entrada para dar “satisfação” aos consumidores. Foi o caso do Magazine Luiza, do Calçadão. A reportagem presenciou diversos moradores, especialmente idosos, que foram até lá para tentar pagar boletos.

Vendedor da loja, Samuel Serafim, 38, disse que o espaço serve para avisar o cliente sobre outras formas de pagamento, como o aplicativo para celular. Nenhum consumidor pôde entrar na loja ou retirar pedidos.

“Esse balcão está aqui mais para poder dar uma explicação, um feedback para esse cliente. O cliente demora um tempo para chegar pra nós [no sentido de virar consumidor do local]. Não podemos perder essa identidade que nós temos com esse cliente”, explicou Samuel.

O Magazine Luiza fixou ao lado da porta de entrada o contato de todos seus vendedores para incentivar as compras pelo aplicativo. A orientação é vista como importante para os consumidores com idade mais avança.

“Eles querem mesmo ter o feedback olho no olho. Estamos aqui para ter esse calor humano, mas não de proximidade, e mais de olho no olho, de resposta positiva no que eles precisam”, comentou Samuel.