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35 anos

No berçário de espécies, íbis e ararajubas são bons exemplos

Tamanduá-bandeira, papagaio-de-peito-roxo e papagaio-de-cara-roxa também estão se reproduzindo

Por Valéria Barreira

12 de outubro de 2019, às 07h41 • Última atualização em 12 de outubro de 2019, às 07h43

Foto: Divulgação
Recentemente o parque teve sucesso com a reprodução da ararajuba, outra espécie que corre o risco de ser extinta no meio ambiente

Ela não é vista e nem acessada pelos visitantes. Discreta, num espaço atrás da quarentena, fica a área reservada para os animais em extinção que estão em processo de acasalamento no Parque Ecológico de Americana. É ali que o namoro pode ou não dar certo.

Segundo o diretor do parque, João Carlos Tancredi, atualmente o local tenta a reprodução do tamanduá-bandeira, papagaio-de-peito-roxo e papagaio-de-cara-roxa. Recentemente teve sucesso com a reprodução da ararajuba, outra espécie que corre o risco de ser extinta no meio ambiente.

Para alcançar bons resultados, o parque aposta nos avanços existentes também nessa área. Hoje, é possível ter mais chances de conseguir a reprodução oferecendo o alimento certo.

“Se antes, tudo ficava a cargo da natureza, nos dias atuais, graças a novos estudos e tecnologias, é possível obter bons resultados na reprodução em cativeiro. Às vezes, é um detalhe na alimentação que não permite ou dificulta essa reprodução. As empresas fabricantes fazem estudos nesse sentido e estamos sempre atentos a isso”, diz o diretor do parque.

ARARAJUBA. No berçário, conhecimento e informação se aliam à tecnologia para darem uma mãozinha à natureza. Tancredi cita como exemplo, a reprodução bem-sucedida da ararajuba.

A ave bota, em média, entre dois e quatro ovos. Na natureza, a mamãe ararajuba faz a seleção natural da espécie escolhendo apenas um dos filhotes. Devido a sua escolha, os outros acabam morrendo.

No parque de Americana, o final da história tem sido mais feliz. Segundo a bióloga Silvia Maria de Campos Machado, em julho deste ano, a equipe técnica percebeu a postura de quatro ovos no ninho e considerou que seria interessante retirá-los para aumentar a probabilidade de nascimento e sobrevivência, uma vez que na chocadeira e UTA (Unidade de Tratamento de Aves), a temperatura e umidade são controladas.

Evolução. Sequência de imagens mostra a evolução dos últimos filhotes que nasceram no parque:

Dos quatro filhotes que nasceram, três sobreviveram. Silvia explica que os animais foram alimentados com uma “papa” especial para filhotes de psitacídeos. No início eram alimentados a cada 3 horas por 6 a 7 vezes ao dia. O peso dos filhotes vem sendo monitorado diariamente para assegurar o seu desenvolvimento.

Na fase atual, jovens, com pouco mais de dois meses, as aves continuam sendo alimentadas pela equipe duas vezes ao dia, e já começaram a ingerir alimentos sólidos, como frutas e ração.

Na hora certa serão soltos no recinto e farão companhia ao Juca, outro filhote da espécie nascido no parque em 2018.

Primavera é época propícia para procriação

Durante a Primavera, o clima de romance toma conta dos recintos do Parque Ecológico de Americana. Durante a temporada que vai de setembro até novembro, ou no máximo início de dezembro, acontece o período de acasalamento das espécies. Principalmente aves.

Segundo o diretor do local, João Carlos Tancredi, é a época em que mais nascem filhotes no zoológico. Recentemente, nasceram filhotes de raposa-do-campo, guará e íbis-sagrado. No caso das duas aves, os filhotinhos recém-nascidos ainda estão no ninho.

Cisne, ema e motum também estão no ninho protegendo os ovos que logo eclodem. A explicação de tanta fertilidade, além do clima primaveril, também está nas condições em que vivem as espécies que habitam o parque.

Tancredi destaca que o sucesso da reprodução, além da alimentação balanceada, também passa pela forma como vivem e são tratados os animais. Por isso, os cuidados com os recintos e com o manejo das espécies são permanentes.

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