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Americana

Nids: um lugar para fazer boas ações

Nids, em Americana, cede estrutura para quem quer fazer algo ao próximo e não sabe por onde começar

Por Valéria Barreira

08 de setembro de 2019, às 11h22 • Última atualização em 08 de setembro de 2019, às 11h28

Uma ideia de voluntariado na cabeça e boa vontade para colocá-la em prática. Esses dois passos já significam meio caminho andado para o Nids (Núcleo de Integração e Desenvolvimento do Ser). A entidade de Americana é uma facilitadora de boas ações e cede sua estrutura para quem quer fazer algo em benefício ao próximo e não sabe por onde começar.

“Acreditamos que existe muita gente de boa-fé e espírito coletivo. Por isso, estamos sempre abertos a novos voluntários. Nós acolhemos os projetos e abrimos espaço para seu idealizador executá-lo”, diz Edison Fassina, tesoureiro. A entidade existe há cerca de 20 anos. Ela foi idealizada por Ariel Capozzi, já falecido, e Fassina, na época em que davam aula de cultura espírita no Centro Espírita Paz e Amor.

A ideia ganhou vida através de um grupo de amigos que se uniu aos dois, permitindo que a iniciativa saísse do papel. O Nids tem sede própria e ocupa um prédio de dois andares na Rua São Vito. É um espaço de cerca de 700 metros quadrados, com salas para múltiplas atividades, auditório, biblioteca e cozinha. Segundo Fassina, todas as iniciativas executadas ali são gratuitas e integram o projeto de servir ao próximo, promovendo através do trabalho voluntário atividades gratuitas com crianças, jovens e adultos, proporcionando desenvolvimento pessoal, social, cultural e educacional.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Rosangela Maria Martins, coordenadora da entidade, e Edison Fassina, tesoureiro

Entre as iniciativas estão aulas de yoga e o atendimento fraterno. São dez voluntários que atendem gratuitamente os inscritos com radiestesia, reiki e medicina bionergética. Há ainda o Viver Bem, com nove profissionais – entre psicólogos e psicanalistas – prestando assistência na área. O Nids também abre suas portas ao Gava (Grupo Anônimo de Voluntários de Americana), que utiliza sua cozinha para preparar as refeições que distribui a moradores de rua do município.

Todas as atividades dependem de inscrição prévia e há fila de espera por atendimento. Somente para o Viver Bem há pelo menos 30 pessoas aguardando uma vaga para receber orientação psicológica.

Desde o início, a proposta do Nids foi ser uma organização independente do poder público e ecumênica. O ideal continua sendo levado a sério e o Nids se mantém aberto a quem precisa sem recorrer à verba pública. Todos o material para implementação, desenvolvimento e manutenção são adquiridos com recursos próprios.

Para manter as portas abertas, a entidade conta com doações, com a renda obtida com o seu bazar beneficente e com dois grandes eventos anuais. O primeiro foi em maio e o próximo será em outubro.

Valores

Amor, verdade, paz, retidão, não violência e respeito são os pilares do projeto Valores Humanos da Educação. De todas as iniciativas desenvolvidas no local, essa é a única que conta com equipe de profissionais paga pela instituição. Ele atende 50 crianças de 7 a 11 anos, que frequentam a instituição três vezes por semana, no período inverso ao da escola.

Os três filhos da cabeleireira Rozangela Carbonera passaram pela experiência. Hoje com 13, 15 e 17 anos eles entraram para o Nids quando ainda eram pequenos e a mãe precisou trabalhar fora. “Não tinha com quem deixar as crianças, mas esse não foi o objetivo principal. Já tinha ouvido falar do trabalho que eles desenvolviam e fiz questão que as crianças frequentassem lá”.

Segundo ela, o que eles aprenderam no tempo de convivência no local compõe a bagagem que levarão para a vida inteira. “São valores positivos que, uma vez aprendidos na infância, ficam para sempre. Meus filhos estão crescendo, se interessam por trabalhar e nunca me deram trabalho. Acredito que o que eles aprenderam lá ajudou muito nisso”.

Segundo Rosangela Maria Martins, coordenadora da entidade, e Edison Fassina, tesoureiro, assim como a cabeleireira outras famílias com crianças na instituição reconhecem a contribuição do Nids para a formação dos pequenos. “Somos procurados por pais que nos agradecem pelo atendimento prestado”, dizem.

Foto: Divulgação
Arrecadação do bazar ajuda a manter a entidade

Fassina conta que o projeto começou como reforço escolar. Hoje, os três profissionais da área de educação que o integram são responsáveis por dinâmicas e atividades que deixam claro para as crianças os valores que sustentam o projeto.

“São valores que infelizmente estão se perdendo com o tempo e que precisam ser resgatados e multiplicados. Então estamos fazendo nossa parte. Estamos fazendo com 50? Sim, mas quem sabe amanhã ou depois podemos fazer com 500, mil. O que não podemos é ficar sentados, esperando e sem fazer nada”, destaca o tesoureiro.

As crianças atendidas pelo projeto, que é gratuito, também fazem atividades como balé, judô e aula de violão. De todas as iniciativas desenvolvidas no local, essa é a única que conta com equipe de profissionais paga pela instituição, que enfrenta dificuldades para conseguir mantê-lo. Além de pagar os profissionais, o Nids fornece o material e lanche às crianças.

Como ajudar

– Sendo um voluntário

– Prestigiando o bazar beneficente que acontece todo primeiro sábado do mês

– Participando dos eventos para arrecadação de fundos

– Depositando qualquer quantia na conta:
Caixa Econômica Federal
Agência 0278
Operação 003
Conta corrente 00001449-1
Favorecido: Núcleo de Integração e Desenvolvimento do Servidores

Contato

Núcleo de Integração e Desenvolvimento do Ser
Rua São Vito, 2.358 – São Luiz, Americana
(19) 3478-5510
contatonids@gmail.com
www.nids.com.br

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