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Poluição

Na câmara, CPFL defende união para acabar com lançamento de esgoto na Represa Salto Grande

Gerente da companhia reforçou a necessidade de ações conjuntas de todos os municípios das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí

Por Ana Carolina Leal

25 de junho de 2021, às 07h47 • Última atualização em 25 de junho de 2021, às 08h05

O gerente de Meio Ambiente e Negócios de Mercado da CPFL Renováveis, Daniel Daibert, defendeu, nesta quinta-feira (24), na Câmara de Americana, a necessidade de ações conjuntas para por fim ao lançamento de esgoto na Represa Salto Grande. Ele esteve no Legislativo a convite dos vereadores para falar dos trabalhos realizados pela empresa para manutenção do manancial.

A represa está sob responsabilidade da CPFL Renováveis, que mantém uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) abastecida pelo reservatório. Por conta da poluição, o grupo realiza um trabalho constante de remoção das plantas aquáticas que se acumulam no local.

“É um reservatório que não tem qualidade de água. É bonito, maravilhoso, mas me dá tristeza vê-lo nesse situação. Enquanto não se atacar a causa, a origem, que é o esgoto, a gente vai continuar fazendo esse trabalho [remoção de plantas aquáticas] que nunca vai ter fim e a população nunca vai voltar a situação que era há 20 anos, que tinha praia, as crianças nadavam”, declarou Daniel.

Gerente da CPFL disse que nada adianta remover aguapés se lançamento de esgoto persistir – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Aos vereadores, o gerente da CPFL reforçou a necessidade de ações conjuntas de todos os municípios das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí com investimentos em saneamento para acabar com o lançamento de esgoto na represa.

O manancial recebe esgoto doméstico de Americana, Atibaia, Campinas, Itatiba, Paulínia, Sumaré, Piracaia, Vinhedo, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Bom Jesus dos Perdões e Jarinu. Esses municípios, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), drenam seus efluentes para os corpos d’água formadores do reservatório Salto Grande.

“O Daniel tem razão quando diz que a questão é complexa, que só vai se resolver com o tratamento de esgoto. Mas há a necessidade da remoção mecânica dos aguapés enquanto não for possível o deplecionamento [rebaixamento do nível de água], enquanto não for possível cessar a poluição com o tratamento”, afirmou o promotor de Justiça, Ivan Carneiro Castanheiro, integrante do Núcleo PCJ-Piracicaba do Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente).

Em maio, o promotor enviou ofício para as autoridades cobrando uma atualização das condutas adotadas para despoluição da Represa Salto Grande. “Só está faltando a resposta da Agemcamp e depois marcarei uma reunião com todos os atores envolvidos, objetivando avançar nas complexas ações administrativas de despoluição da represa”, afirmou em entrevista ao LIBERAL nesta quinta-feira.

A assessoria da Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas) disse  que o ofício com as respostas foi encaminhado nesta quinta-feira, uma vez que ainda dependia de algumas informações importantes sobre o tema.

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