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Americana

Motorista cai em golpe do frango e perde R$ 5,1 mil do FGTS

Criminosos passaram vendendo frango congelado nas ruas do Conserva; vítima acredita que tenha tido os dados clonados ao efetuar a compra com cartão

Por Leonardo Oliveira

16 de julho de 2020, às 15h33 • Última atualização em 16 de julho de 2020, às 18h24

O motorista Geazi Figueiredo, de 63 anos, morador do Conserva, em Americana, perdeu R$ 5,1 mil na manhã desta quinta-feira (15) ao ser abordado por dois estelionatários em frente a sua casa – o casal vendia frango congelado. Na hora do pagamento, feito via cartão, os dados do idoso foram clonados e três transferências bancárias foram realizadas.

Motorista procurou a Polícia Civil para o registro de um boletim de ocorrência e foi até os dois bancos na tentativa de reaver o valor – Foto: Marcelo Rocha – O Liberal.JPG

Ao LIBERAL, o motorista contou que o dinheiro subtraído da conta era o do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) que ele havia recebido recentemente após ser demitido da empresa onde trabalhava. “Eu to em uma situação difícil. Nem consegui dar entrada no seguro desemprego ainda. Eu to desesperado, não sei o que eu faço”, desabafou.

O idoso estava em sua casa quando, por volta das 8 horas, uma mulher tocou a campainha, dizendo que vendia frango congelado. Geazi não tem ido ao mercado durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) para evitar se contaminar. Por isso, decidiu por comprar o produto.

Quando ele acenou positivamente, a mulher disse que iria no carro dela pegar o frango. Ela voltou na companhia de um rapaz, com uma máquina de cartão na mão. Primeiro, Geazi passou um de seus cartões bancários – ele diz que o visor do aparelho mostrava R$ 20, valor que tinha combinado pagar pelo produto.

A estelionatária argumentou que o sistema estava “fora do ar” e perguntou se o idoso não tinha um outro cartão para tentar fazer o pagamento novamente. A vítima entregou para a mulher um novo cartão. “Eu olhei de novo na maquinha e realmente tava 20 reais no débito, aí digitei na senha”, afirmou.

O casal foi embora e, cinco minutos depois, Geazi passou a receber notificações em seu celuar indicando que três transferências bancárias haviam sido realizadas em seu nome, de R$ 2 mil, R$ 2,1 mil e R$ 1 mil. O prejuízo total para ele foi de R$ 5,1 mil.

Geazi procurou a Polícia Civil para o registro de um boletim de ocorrência e foi até os dois bancos na tentativa de reaver o valor que saiu de sua conta. Em uma das instituições ele já conseguiu o estorno de R$ 1 mil – o restante ainda segue pendente.

Nos últimos anos, criminosos tem utilizado máquinas de cartão adulteradas para roubar dados dos clientes e realizar compras e transferências bancárias no nome deles. O motorista acredita que esse tenha sido o seu caso.

“Enquanto eu tava passando o cartão na maquinha para a mulher que me vendeu o frango, o rapaz estava do lado dela. Eu não digitei a senha na presença deles, eles não tinham como ver eu digitando a senha. Eu tomei esse cuidado”, defendeu o motorista.

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