A Praça José Rampazzo, em Americana, aos poucos tem se tornado um importante espaço de recreação no Jardim São Paulo, cenário bem diferente do visto nos últimos anos. O espaço, que chegou a ficar em estado de abandono, dizem os moradores, agora foi revitalizado pelos próprios vizinhos.

Com a ajuda de comerciantes, os vizinhos da praça conseguiram colocar diversos brinquedos, uma geladeira abastecida com livros, apelidada de “cantinho da leitura”, além de reformar os bancos e toda a estrutura da praça. No local, também é realizado um projeto que dá aulas gratuitas de capoeira.

A iniciativa é do capoeirista Jobisson Faria, de 45 anos, morador do bairro. Ele é um dos que atuou e ainda atua na preservação do espaço. “Ela [praça] estava muito abandonada, muito suja. Eu comecei a conversar com o pessoal para dar uma arrumada”, comentou Jobisson.

No começo, os reparos se concentraram na pintura do concreto da praça para adequar o piso à prática da capoeira. A comunidade viu o movimento nascer e abraçou a ideia, cedendo os materiais necessários para reforma. Um comerciante do bairro doou um playground, que foi colocado no espaço público.

Faltava um local para os frequentadores lavarem as mãos, então, houve a busca junto à prefeitura por uma ligação de água, o que foi conseguido. Os próprios moradores cederam um bebedouro e filtro para serem instalados no local.

Essa revitalização, segundo Jobisson, deu uma nova cara ao bairro. “Todo o sábado à tarde, dia de semana à noite, está cheio de gente. As pessoas vêm aqui para fazer piquenique de final de semana e parabenizam a gente pelo espaço, se colocando à disposição”, acrescenta.

A comunidade também recorreu a rifas para conseguir melhorar a oferta de brinquedos para as crianças. Também foi disponibilizado um “saco de pancadas”, feito com pneus, em um espaço da praça dedicado a treinamentos e aulas de funcional.

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Os próprios residentes do bairro ajudam na manutenção da praça, com mutirões para recolha do lixo. Agora, a luta é para conseguir melhorar a iluminação, implantando LEDs. Isso, segundo Jobisson, faria com que as pessoas se sentissem mais seguras para ir ao local à noite.

“A gente já está falando em fazer eventos na praça para arrecadar um fundo para melhorar cada vez mais. Precisamos de um banheiro. Eles [agentes da prefeitura] falaram que tem que enviar um projeto. Falei que mão de obra e material a gente tem tudo, então aos poucos vamos conquistando”, diz.