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Máscaras & moda

‘Moda está cumprindo com seu papel social’, afirma coordenadora na Fatec

Alunos em Americana produziram 5 mil máscaras que foram doadas a entidades e pessoas com dificuldades financeiras

Por Marina Zanaki

24 de maio de 2020, às 10h04 • Última atualização em 24 de maio de 2020, às 10h11

Os alunos dos cursos de moda e produção têxtil da Fatec (Faculdade Técnica) de Americana já produziram 5 mil máscaras que foram doadas para proteger a população do novo coronavírus (Covid-19). O item é obrigatório no Estado desde 7 de maio.

Para a professora Maria Alice Ximenes, coordenadora do curso de Moda, a ação mostra que a moda está cumprindo com seu papel social.

“Muita gente acha a moda algo frívolo, fútil, e de repente nesse momento a gente vê a moda cumprindo com seu papel social”, destacou a professora.

Professora Maria Alice acredita que máscaras vão se tornar tendência – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Ao todo, 50 alunos atuaram no projeto, dos quais 32 participaram efetivamente da confecção da máscara e os demais forneceram apoio logístico.

Um esquema foi montado para que os alunos pudessem receber os tecidos doados em casa para costurar as máscaras sem precisarem se reunir.

As máscaras foram doadas para o Fundo Social de Solidariedade de Americana, para a Pastoral da Criança e para o Hospital Boldrini, em Campinas.

Houve ainda doações diretamente a famílias que estão sofrendo dificuldades financeiras por conta do coronavírus.

Estética

A professora aposta que as máscaras devem se tornar um acessório após o fim da pandemia no País.

“Mesmo no pós-pandemia, acredito que as pessoas vão querer se proteger. Com isso, é esperado que se torne algo voltado para tendência”, aposta a profissional.

Maria Alice Ximenes, coordenadora do curso de Moda da Fatec Americana – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“À medida que isso acontecer, a população deve ficar mais exigente em relação ao conforto e ao visual da peça. A tendência é surgirem modelos ou estampas criativas para atender aos consumidores que gostem de ousar nas combinações. Essa pode ser uma maneira de diferenciar o look e conquistar os mais refratários”, analisa.

No Ocidente, as máscaras não são um item incorporado à cultura. Contudo, no período em que os países enfrentavam a gripe espanhola, no início do século passado, as máscaras conquistaram adesão e ultrapassaram o aspecto utilitário.

Mulheres das classes mais ricas eram vistas usando máscaras feitas com tecidos e cores que combinavam com as roupas, segundo a coordenadora do curso de Moda. “Como tenho que usar, tem que ser confortável. Mas também quero, além do que é ético, aquilo que é estético. Isso é inevitável”, afirmou.

Podcast Além da Capa
Solidariedade e apoio aos necessitados marcam a luta contra o novo coronavírus (Covid-19) nas periferias da RPT (Região do Polo Têxtil). O LIBERAL visitou moradores do acampamento Roseli Nunes e da favela Zincão, em Americana, e da ocupação Vila Soma, em Sumaré, e observou como eles se unem para enfrentar as dificuldades provocadas pela pandemia. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira recebe o repórter André Rossi, que esteve nas comunidades, para repercutir essa apuração.

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