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Igreja

Missas retornam com ansiedade de fiéis e precauções contra vírus

Fiéis são orientados a continuarem acompanhando as celebrações de casa, especialmente as crianças e os idosos

Por Isabella Holouka

22 de agosto de 2020, às 18h14 • Última atualização em 22 de agosto de 2020, às 18h18

Aferição de temperatura, checagem da inscrição, uso de máscara e álcool em gel e acompanhamento para respeitar o distanciamento. Este é o protocolo para assistir as missas na Paróquia São João Bosco, na Vila Santa Catarina, que retomou as celebrações presenciais, junto à grande parte da comunidade católica de Americana, neste sábado.

O retorno com público foi liberado pelo prefeito Omar Najar no último dia 10, com até 40% da capacidade total dos espaços, para diminuir os riscos de contágio pelo novo coronavírus (Covid-19). 

A data marcada para este sábado foi combinada entre as paróquias, cada uma com um esquema diferente para evitar aglomerações, como o agendamento prévio por telefone.

Na Igreja Dom Bosco, cerca de 20 pessoas acompanharam a missa – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Na paróquia da Rua Dom Bosco o limite será de 100 lugares e cerca de 20 foram ocupados na missa das 14 horas deste sábado, além de outras 15 pessoas compondo a equipe ministerial.

Os bancos são ocupados com fileiras intercaladas, e sempre nas pontas, para que as pessoas mantenham o distanciamento. Na hora da comunhão, ao invés das tradicionais filas nos corredores, os fiéis foram orientados a permanecerem nos seus lugares. Outro pedido foi para que retirassem as máscaras rapidamente e apenas neste momento.

Apesar de considerarem o afastamento das atividades presenciais necessário, o casal Talita Tolini e Hernane Ribeiro estava sentindo falta das missas presenciais. Na comunidade católica há mais de sete anos, eles afirmam que pretendem voltar a frequentar o templo progressivamente.

Celebração na Paróquia São João Bosco, na Vila Santa Catarina – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“Neste horário foi bem tranquilo, se continuar assim eu acho que é seguro. O que mais faz falta é o clima da igreja, mas nós temos uma criança que gostava muito de vir às missas, e é triste estar aqui e ela não poder estar”, conta Talita. “Temos que ir nos reintroduzindo com cuidado”, complementa ela.

Apesar de terem mantido a celebração com transmissões ao vivo pelo Facebook e pela televisão, o casal Marta Zaramello e Rosival Neto, do ministério de música e liturgia, concordam que o retorno das missas presenciais “aquece o coração” da comunidade católica.

“É triste ver uma comunidade, que estava sempre cheia, vazia. Quando lemos ou cantamos e vemos as pessoas ali, por mais que tenhamos restrições, sentimos a comunidade mais viva. É gratificante, e vamos nos adaptando”, afirma Marta, que aponta a Páscoa como o período mais desafiador para as celebrações online.

“O legal foi ver que a igreja não fica apenas entre quatro paredes, ela está em nós, e levamos a comunicação para quem não tinha como estar aqui presencialmente, houve uma inclusão”, lembra Rosival.

Retorno das missas prevê uso de máscara e de álcool em gel – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

De acordo com o pároco Aramis Francisco Biaggi, a ansiedade pelo retorno da comunidade à igreja é grande, mas não deve ser maior do que os cuidados de prevenção. Ele ressaltou que os fiéis são orientados a continuarem acompanhando as missas de casa, especialmente as crianças e os idosos.

“O vírus é perigoso, então pedimos para as pessoas se cuidarem em casa, principalmente quem está no grupo de risco. Nestas primeiras missas haverá pouca gente, mas não tem problema, o importante é a gente possibilitar a volta. Estamos ansiosos mas precavidos”, afirmou.

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