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Americana

Metade das mães que procuram vagas em creches não trabalha

Secretaria de Educação de Americana fez levantamento que mostra fila de 717 crianças; mães que trabalham fora são prioridade

Por Marina Zanaki

12 de março de 2020, às 07h55 • Última atualização em 12 de março de 2020, às 13h21

Metade das mães que procuraram as creches de Americana para pedir uma vaga para os filhos esse ano não trabalham fora. De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de Educação a pedido do LIBERAL, a atual fila é de 717 crianças, das quais 364 as mães não trabalham fora do lar.

Das 353 que declararam trabalhar fora, 92 apresentaram registro em carteira profissional, 57 a declaração do empregador e 204 fizeram declaração que trabalham como autônomas.

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Secretária de Educação, Evelene Ponce Medina explicou que, como não há vagas para todas as crianças, estão sendo priorizadas as famílias em que as mães declaram trabalhar fora. “Por isso, agora temos uma demanda muito menor de mães que trabalham fora”, avaliou.

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal
Mais das metade das mãe que procuram vaga em creches não trabalham, segundo levantamento

As inscrições foram feitas em fevereiro e em março desse ano. A fila estava então em 310 crianças. No ano passado, a Secretaria de Educação fez um pente-fino no cadastro, entrando em contato com as famílias para levantar quem ainda precisava de vaga. Em 2019, a lista chegou a ter 1.850 crianças.

A professora Ana Claudia de Jesus de Souza, de 33 anos, procurou em fevereiro as creches do Jardim Brasil para conseguir uma vaga para o filho. Na ocasião, ela conversou com o LIBERAL e reclamou da prioridade às mães que trabalham.

“Acredito que a escola seja para o desenvolvimento da criança. Estou sozinha na cidade, com meu marido e filho apenas. Preciso de um tempo para conseguir trabalhar e também acredito que vai ser importante para o desenvolvimento dele”, afirmou em fevereiro.

Evelene apontou que ainda há cerca de 70 vagas em creches conveniadas e em escolas filantrópicas que possuem parceria com a prefeitura. Essas vagas estão sendo oferecidas às mães que trabalham e que moram em outros bairros.

“Nesses bairros onde tenho vaga não tenho mais nenhuma mãe que trabalha. Estamos ligando, perguntando se quem mora em outros bairros interessa por essas vagas, às vezes é no caminho para o trabalho, algo assim. Se falar que não interessa, ela segue na lista de espera”, explicou a secretária.

Soluções

A secretária apontou que um dos principais desafios é conseguir ofertar vagas em regiões próximas de onde as crianças moram. A região com maior demanda é a Cidade Jardim (132 crianças na fila), seguida do São Jerônimo (102) e da Praia Azul (90).

A secretária avalia que construir creches não é a melhor solução, já que as taxas de natalidade vêm caindo, e defende a ampliação das unidades já existentes.

“É um problema que não vamos conseguir resolver, acho que nenhuma prefeitura consegue. É um planejamento a longo prazo e estamos tentando deixar redondo, fechar essa administração em ordem para quem vier depois poder ter esse planejamento de onde é melhor fazer o quê”, disse Evelene.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A edição desta semana do podcast “Além da Capa” aborda a substituição da mão de obra de pessoas mais velhas por outras mais novas na RPT (Região do Polo Têxtil), em 2019. Ouça:

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