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Americana

Mesmo com reabertura dos comércios, linhas de ônibus permanecem reduzidas em Americana

Usuários seguem reclamando de aglomerações e espera de mais de duas horas por ônibus em Americana; prefeitura e Sancetur não responderam

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16 de junho de 2020, às 08h04 • Última atualização em 16 de junho de 2020, às 12h59

Mesmo depois de 15 dias da reabertura dos comércios não essenciais em Americana, com a retomada gradual da economia dentro do “Plano São Paulo”, usuários das linhas do transporte público de Americana reclamam sobre a manutenção dos horários reduzidos dos ônibus, o que vem gerando lotação e aglomerações dentro dos coletivos.

A analista financeira Denise Moreira, de 37 anos, é usuária da linha 119, do Jardim Asta e Praia dos Namorados. Ela diz que não parou de trabalhar mesmo quando foi decretada a quarentena no Estado de São Paulo, em março, e vem reparando que o número de usuários aumentou nos últimos 15 dias, contribuindo para aglomerações nos corredores dos ônibus

Terminal Metropolitano de Americana: usuários reclamam de ônibus lotados na cidade – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal_02.06.2020

Além disso, relatou que a comunicação da empresa está confusa, pois o horário descrito pelo site não corresponde ao exposto pelo guichê do Terminal Metropolitano, como também é diferente do informado pelo WhatsApp da Sou Americana, que opera o transporte público na cidade.

“Estava desde março tendo que sair uma hora mais cedo do meu trabalho, porque não tinha horário, o último passa por volta das 17h. Hoje a empresa me dispensou porque estava dando prejuízo para ela”, lamentou Denise.

O aposentado Paulo Silvio Bastos, de 80 anos, também precisou utilizar o transporte para buscar medicamentos para sua esposa e pagar as contas, e disse que ficou cerca de duas horas esperando no ponto de ônibus.

“Aqui na Mathiensen, tinha a linha 104, 114 e 225. Agora, só está com a linha 114. Já cheguei a contar 19 pessoas no corredor. Estamos no pico da doença e andando com ônibus cheio e com metade das janelas fechadas”.

Outras vezes, o aposentado chegou a presenciar idosos ou pais com filhos doentes a espera de ônibus para ir ao hospital e também esperando por mais de duas horas. “Não tem condição, é uma coisa terrível”, completou.

A Sou Americana e prefeitura foram questionadas, mas não informaram ao LIBERAL quais medidas seriam tomadas.

* Estagiária, sob supervisão de Talita Bristotti

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