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Cuidado animal

Macaco-prego e pinguim passam por cirurgia para remoção de catarata em Americana

Clínica Dra. Daniela Pereira - Oftalmologia Veterinária, de Americana, recebeu dois pacientes ilustres na tarde desta sexta

Por Maria Eduarda Gazzetta

25 de setembro de 2021, às 07h57 • Última atualização em 25 de setembro de 2021, às 08h01

A clínica Dra. Daniela Pereira – Oftalmologia Veterinária, de Americana, recebeu dois pacientes ilustres na tarde desta sexta-feira (24) para passar por cirurgia de remoção de catarata: um macaco-prego e um pinguim-de-magalhães.

A ave viajou pouco mais de 300 km para passar pelo procedimento cirúrgico em um dos olhos. A bióloga e técnica de reabilitação, Ana Paula Lopes dos Santos, do Instituto Argonauta, com sede em Ubatuba, explicou que o pinguim foi resgatado em agosto. “Ele estava encalhado e fomos acionados para levá-lo ao instituto”, disse a bióloga.

Macaco-prego Zoom, do Parque Ecológico de Nova Odessa – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Ela completou que a espécie tem sua maior colônia na Patagônia chilena e, por conta do frio, os animais saem em sentido à costa brasileira. “São animais que andam sempre em grupo e acabam se perdendo as vezes”.

A bióloga explicou que quando encontraram o pinguim, que tem menos de um ano, ele já estava com a catarata. “Difícil dizer o que pode ter ocasionado. Pode ser genética ou algum trauma até ele chegar no litoral”, comentou ela, que estava acompanhada da médica veterinária Raquel Beneton Ferioli. Esse tipo de ave vive, em média, 15 anos.

Pinguim-de-magalhães foi achado em Ubatuba – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Ana Paula disse que após a recuperação do pinguim, o objetivo é que ele seja solto e retorne para a natureza pelo instituto, que faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias – Bacia de Santos, o PMP-BS.

O Projeto é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

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Tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia daqueles encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos.

Pinguim tem menos de um ano e, quando achado, já estava com catarata – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

As duas cirurgias foram realizadas voluntariamente e sem custos, tanto para a instituição, quanto para o Parque Ecológico de Nova Odessa, no caso do macaco.

A equipe foi formada pela médica veterinária de Americana, Daniela Pereira; pelo médico veterinário oftalmologista de Curitiba, João Alfredo Kleiner; por Flávio Stipp de Limeira; e pelo anestesista Fernando Zanoni, de São Paulo.

O macaco-prego de 13 anos, carinhosamente chamado de Zoom pela equipe de veterinários e cuidadores do Parque Ecológico Isidoro Bordon, em Nova Odessa, começou a apresentar os sintomas há cerca de um ano e meio em um dos olhos, e a doença começou a evoluir.

Em agosto, a diretora do parque, Paula Faciulli, disse que entrou em contato com a veterinária de Americana para começarem o tratamento. “Passamos colírio nos olhos dele por 15 dias antes da cirurgia e hoje estamos aqui, ansiosos para que ele fique bem logo”, comentou a médica veterinária.

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