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NESTE SÁBADO

Lojistas de Americana protestam contra aumento de ICMS para carros usados

Pelo menos 25 carros participaram da carreata iniciada na Avenida da Saudade, segundo a PM; alíquota saltará 207%

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09 de janeiro de 2021, às 15h49 • Última atualização em 11 de janeiro de 2021, às 12h32

Lojistas de Americana fizeram uma carreata, na manhã deste sábado (9), contra o aumento de 207% na carga tributária de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para veículos usados – a alíquota saltará de 1,8% para 5,53% no próximo dia 15, conforme determinação do governo estadual.

De acordo com a PM (Polícia Militar), tinha pelo menos 25 automóveis no protesto. A organização fala em 500 pessoas envolvidas na manifestação.

Os manifestantes saíram da Avenida da Saudade, uma das principais vias em revendas de veículo da cidade, e percorreram diversas ruas de Americana, como as avenidas Brasil e Iacanga, foram até Santa Bárbara d’Oeste e encerraram o movimento no portal de Americana.

Ato tinha mensagens contra a elevação determinada por Doria – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Na manifestação, havia veículos com mensagens escritas no vidro. Além de frases como “não ao aumento do ICMS”, também se viu protestos contra o governador João Doria (PSDB), que diziam “fora, Doria”.

Segundo Jorge Ribeiro, de 37 anos, proprietário de uma loja de vans, os empresários organizaram o ato “de um dia para o outro”. “Acho que foi bom. Se a gente tivesse um prazo maior, a gente teria colocado muito mais gente”, disse.

Ele contou que, além de lojistas de Americana, o movimento também reuniu manifestantes de Santa Bárbara d’Oeste, Campinas, Sumaré, Nova Odessa e Limeira.

Para Ribeiro, essa elevação do ICMS vai acabar com os estabelecimentos que trabalham dentro da legalidade. “Com esse aumento, todas as empresas que emitem nota fiscal, como a minha, vão fechar. Quem vai permanecer? Aquele que vive na clandestinidade, que não emite nota”, declarou.

Em nota, a Secretaria Estadual da Fazenda e Planejamento comunicou que “o objetivo do ajuste fiscal é proporcionar ao Estado recursos da ordem de R$ 7 bilhões, que serão essenciais para fazer frente às perdas causadas pela pandemia e manter as obrigações em áreas como saúde, educação e segurança pública”.

A pasta também lembra que, no Estado, a alíquota padrão do ICMS é de 18%. Percentuais inferiores a esse, segundo a secretaria, são fixados por meio de incentivos fiscais. “Os veículos novos e usados por quase três décadas se beneficiaram com renúncias fiscais”, afirma.

O governo ainda aponta que a carga tributária para veículos usados vai regredir para 3,9% em abril. Diz também que está aberto ao diálogo e tem realizado reuniões com representantes de diversos setores desde a aprovação do ajuste fiscal pela Assembleia Legislativa, em outubro.

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