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Fase Vermelha

Lojistas cumprem decreto e Calçadão fica ‘vazio’ em Americana

Maioria dos comércios fechou as portas no primeiro dia em que Americana passou à fase vermelha do Plano São Paulo

Por Leonardo Oliveira

06 de julho de 2020, às 18h06

O primeiro dia do fechamento dos comércios não essenciais, após a regressão para a fase vermelha do Plano São Paulo, foi de obediência por parte dos lojistas de Americana. A maior parte dos estabelecimentos proibidos de funcionar fechou as portas nesta segunda-feira (6), atendendo às determinações do decreto estadual.

Com isso, o Calçadão ficou praticamente vazio, movimento bem diferente do registrado no último sábado (4), quando consumidores lotaram a região central para aproveitar o último dia de compras. Os únicos estabelecimentos recebendo clientes eram aqueles essenciais, como lojas de assistência técnica, óticas e clínicas odontológicas, entre outros.

Com comércio fechado mais uma vez, Centro de Americana ficou vazio nesta segunda – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Embora a obediência tenha sido a conduta geral, houve exceções. Alguns comércios dedicados à venda de roupas permitiam a entrada quando o cliente batia na porta do estabelecimento. Foi assim que o advogado Raul Araújo conseguiu ir às compras.

Ele não sabia que a probição do funcionamento dos comércios não essenciais já estava valendo nesta segunda. “Depois de um período em casa, fechado, as roupas acabando, vim fazer uma reposição dos itens de primeira necessidade. Foi fácil encontrar. Alguém sempre te atende”, disse em entrevista ao LIBERAL.

Em algumas lojas, a solução é tentar realizar as vendas pelo WhatsApp – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A estratégia de sobrevivência em meio à crise é a aposta no online. Na porta de vários estabelecimentos havia uma placa anunciando que aquele comércio estava recebendo pedidos via WhatsApp para a retirada posterior.

Essa alternativa, porém, ainda está muito longe de suprir os custos operacionais. A avaliação é do gerente de uma loja de calçados, Márcio dos Santos. “Não reflete em quase nada no custo que a gente tem de operação de loja. A margem é muito baixa de venda e não ajuda nada a gente na parte financeira”, pontuou.

Proprietária de uma loja de roupas, Ivone Nunccio apostou na criação de conteúdo para várias redes sociais. No entanto, segunda ela, esta é uma medida que mais mantém a marca em evidência do que traz retorno financeiro.

“Nós estamos todos perdidos. As medidas são para fechar o comércio, mas ninguém dá uma medida pra gente [sobre] como nós fazemos com os aluguéis. Nós somos obrigados a pagar, aberto ou fechado”, afirmou.

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