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Americana

Lavadeira é condenada a 25 anos por tráfico

Mulher foi pega em Americana transportando 57 kg de maconha em uma viagem de ônibus até o Sergipe

Por Leonardo Oliveira

11 de março de 2020, às 10h25 • Última atualização em 11 de março de 2020, às 16h37

A Justiça de Americana condenou a 25 anos de prisão a lavadeira Aline Souza Soares, que foi presa ajudando a transportar 57 kg de maconha em um ônibus que quebrou quando passava pela Rodovia Anhanguera (SP-330) em março do ano passado. A mulher confessou que ganharia R$ 1 mil para transportar os entorpecentes até o estado do Sergipe.

A sentença é do fim do mês passado e determina a condenação da lavadeira por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Como se trata de uma decisão em primeira instância, a ré ainda pode recorrer aos tribunais superiores para reverter a pena. Aline está presa desde o flagrante.

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Foto: Reprodução
Drogas foram apreendidas na Anhanguera

Ela partiu de um ônibus no Brás, na capital paulista, na madrugada do dia 8 de março de 2019 em direção a Sergipe. No trecho da Anhanguera em Americana o coletivo apresentou problemas mecânicos, levando o motorista a parar no Posto 7.

Os passageiros seriam transferidos para outro veículo, que ficaria responsável por completar a viagem. Durante a realocação das bagagens, um funcionário da empresa de turismo percebeu um forte cheiro de maconha vindo de duas malas e foi questionar a dona do material que era levado.

Aline desconversou, pegou as malas e se retirou. Na poltrona ao lado dela estava um garçom de 31 anos que também carregava entorpecentes. Quando o funcionário chamou a polícia o indivíduo fugiu, deixando as bagagens no local. Ao todo, 57 kg de maconha foram encontrados com os dois envolvidos no caso.

No processo, o MP (Ministério Público) defendeu que a dupla estava associada ao tráfico, tese acatada pelo juiz do caso. O garçom foi preso posteriormente, mas o seu caso foi desmembrado do processo original para ser julgado em um processo separado – ainda não houve sentença.

Em depoimento na fase processual, a ré confessou que ganharia R$ 1 mil para transportar a maconha, só que negou conhecer o garçom. Disse que não sabia que ele também estava transportando drogas. O juiz Eugênio Augusto Clemente Junior, da 2ª Vara Criminal, entendeu que houve elementos para dizer que os dois se associaram para cometer o crime.

A advogada Ellen Corsolini Neroni de Carvalho, responsável pela defesa da ré, entendeu que a pena foi injusta. “Ela é primária tem bons antecedentes e não é associada ao crime organizado. Há precedentes do Tribunal de Justiça de São Paulo que, para casos semelhantes, a pena foi bem inferior, o que evidencia o desacerto da decisão. Vamos recorrer e acreditamos na Justiça que irá reduzir a condenação”, disse ao LIBERAL.

Além da Capa, o podcast do LIBERAL

A edição desta semana do podcast “Além da Capa” aborda a substituição da mão de obra de pessoas mais velhas por outras mais novas na RPT (Região do Polo Têxtil), em 2019. Ouça:

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