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Americana

Justiça marca júri de assassino confesso de empresária para fevereiro

Empresária Kátia Keito Picioli Ferreira foi morta pelo ex-namorado em outubro de 2018, em Americana; Bruno César Bueno Bernava confessou o crime

Por Leonardo Oliveira

13 de janeiro de 2020, às 08h03 • Última atualização em 13 de janeiro de 2020, às 14h43

Foto: Reprodução
Bruno é assassino confesso da empresária Kátia Keito Picioli Ferreira, de 40 anos

O ajudante de cozinha Bruno César Bueno Bernava, de 30 anos, vai a júri popular em Americana no dia 18 de fevereiro deste ano. Ele é assassino confesso da empresária Kátia Keito Picioli Ferreira, de 40 anos. O crime aconteceu no dia 22 de outubro de 2018, em Americana, quando a vítima foi morta por estrangulamento.

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O júri acontece às 9 horas do dia 18, uma terça-feira, no fórum da cidade. A informação foi divulgada ao LIBERAL pela Vara do Júri nesta quinta-feira. O ajudante de cozinha foi detido em outubro, em Tupi Paulista, e está preso preventivamente desde janeiro na Penitenciária de Tremembé.

Ele responderá por homicídio qualificado

O caso

Bruno era ex-namorado de Kátia e confessou tê-la matado na manhã do dia 22 de outubro de 2018, no bairro Santa Amélia, em Americana. A investigação da Polícia Civil apontou que Katia foi morta entre a saída de seu filho para o trabalho, às 7h30, e a chegada da empregada, às 8h30.

Segundo a denúncia, o réu e a vítima mantiveram relacionamento por cerca de três meses e decidiram se separar após esse período. Bruno já teria tentado agredi-la outras vezes, por isso a empresária trocou as fechaduras de sua casa, já que o indiciado tinhas as chaves.

No dia do crime, o réu teria tocado a campainha da residência alegando querer conversar com a vítima. No local, ele se irritou durante a conversa e a mulher tentou correr até o banheiro para fugir dele, momento em que Bruno teria dado uma “mata-leão” nela.

Relatório policial

De acordo com relatório da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, durante “entrevista informal” no dia 24 de outubro, Bruno confessou com detalhes como cometeu o crime.

Ele teria atacado a vítima depois de ver mensagens no aparelho de celular dela que o desagradaram. Depois de aplicar uma chave de braço, ainda deu socos até Kátia desmaiar.

Bruno a pegou pelos pulsos e a colocou no carro dela. No caminho, Katia chegou a esboçar sinais de vida. “Então ele parou o veículo, pegou a toalha que ela usava na academia, passou em seu pescoço e amarrou lançando um nó e apertando até que a mesma não demonstrasse ter nenhum sinal vital”, traz trecho do inquérito policial.

Já durante interrogatório formal na Polícia Civil em 29 de novembro, Bruno César alegou que usou a toalha apenas para colocar a mulher no carro e não para estrangulá-la.

Disse também que pretendia levá-la até um hospital, mas desistiu durante o trajeto quando recebeu ligações da mãe e do irmão dela. Com isso, deixou o corpo à beira de uma estrada de terra, mas sem a intenção de ocultar o cadáver, “uma vez que qualquer pessoa que passasse pelo local poderia visualizá-lo”.

Outro lado

A reportagem tentou contato com o advogado de defesa do réu, Paulo Eduardo Paschoal Júnior na manhã desta sexta-feira, mas as ligações para o celular dele não foram atendidas.

Em 10 de agosto de 2019, ele disse ao LIBERAL que o crime em questão foi uma “casualidade”. O profissional foi intimado pelo Estado a representar Bruno César no processo.

“Foi uma casualidade o que aconteceu. Homicídio é um crime que, infelizmente, qualquer pessoa está sujeita a cometer. Uma insanidade no calor de uma briga etc. É complicado”, disse Paulo.

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