violência
Justiça decreta prisão preventiva de gerente de posto acusado de matar suposta amante
Helio Leonardo Neto também está preso por por manter 80 armas de fogo, algumas delas não legalizadas, e mais de 16 mil munições na casa onde vivia, na região da Praia dos Namorados
Por Cristiani Azanha
03 de julho de 2024, às 08h06
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/justica-decreta-prisao-preventiva-de-gerente-de-posto-acusado-de-matar-suposta-amante-2205004/
O gerente de posto Helio Leonardo Neto, 47, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, nesta segunda-feira (1º), pelo assassinato de Mônica Matias de Paula, 33, com quem teria um suposto relacionamento extraconjugal.
O crime ocorreu no dia 4 de março e o corpo da vítima foi localizado dez dias depois, em uma área rural de Limeira, nas proximidades da empresa Suzano.
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O homem estava preso temporariamente desde 17 de março por conta do homicídio, mas já tinha prisão preventiva por manter 80 armas de fogo, algumas delas não legalizadas, e mais de 16 mil munições na casa onde vivia, na região da Praia dos Namorados, em Americana.
Análise
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Filipe Rodrigues de Carvalho, que coordena a investigação, disse que ainda vai concluir a análise de todas as declarações coletadas para definir se Helio responderá mesmo pelo homicídio ou feminicídio.
Também vai verificar se há elementos que qualifiquem a conduta, tais como o uso de meio cruel, de ato que tenha dificultado a defesa da vítima ou tenha ocorrido mediante emboscada ou de forma torpe, ou ainda mediante violenta emoção, consignando que são fatores auxiliares à eventual aplicação da pena, já que “a autoria e a materialidade delitivas foram devidamente reconhecidas.”
Com relação à que reconstituição do assassinato, que ocorreu no último dia 25 pelos peritos do IC (Instituto de Criminalística) de Americana, o delegado disse que o gerente apresentou uma versão desconexa e antagônica à do interrogatório, que foi gravado.
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“A reprodução simulada dos fatos acabou sendo uma forma de tentarem encaixar a nova versão, obviamente sem sucesso”, afirmou o delegado.
Ele teria dito que não matou Mônica, apenas desferiu alguns golpes e decidiu deixá-la em local de trânsito de pedestre, onde uma terceira pessoa acabou praticando o homicídio.
“Já pedi ao setor de investigações que confeccione um relatório envolvendo a análise das investigações, do interrogatório prestado e da reprodução simulada, para apontar as contradições, pois as estratégias de defesa desenvolvidas não podem ter o condão de alterar a verdade real dos fatos”, completou Carvalho.
Sequência
Segundo o delegado, restam algumas diligências de polícia judiciária a serem juntadas no inquérito, como laudos periciais referentes à vítima e também ao material sanguíneo coletado no interior do veículo onde “a vítima teve sua vida ceifada.”
Os advogados Jean Carlos de Lima e Fernanda Fachine, que representam Helio, afirmam que no curso da investigação obtiveram informações importantes que ainda não foram esclarecidas e irão encaminhar o requerimento de diligências à Polícia Civil.