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Americana

Jovem que matou amigo com tiro acidental pega regime semiaberto em Americana

Crime aconteceu em uma casa do Vale das Nogueiras, em 2018; acusado disse que sempre vai se arrepender do episódio

Por Leonardo Oliveira

16 de outubro de 2020, às 08h49 • Última atualização em 16 de outubro de 2020, às 10h24

O jovem Victor Rolim Meira, de 22 anos, foi condenado a seis anos de prisão no regime semiaberto acusado de ter matado o ajudante de pintor Lucas Diniz dos Santos, em 2018.

Eles eram amigos e estavam reunidos em uma casa do Vale das Nogueiras, em Americana, quando a arma teria disparado de forma acidental.

Casa onde aconteceu o crime – Foto: Reprodução

Victor foi condenado em Tribunal do Júri realizado no Fórum de Americana, nesta quarta-feira (14), e ainda pode recorrer da decisão. Em entrevista ao LIBERAL, no entanto, ele se mostrou aceitar a sentença. “Tá correto, não tinha o que fazer. Eu sempre vou me arrepender”, contou.

O crime aconteceu na noite do dia 3 de agosto de 2018, na casa da vítima. Em depoimento à Polícia Civil, Victor contou estava dançando com a arma em uma mão e um copo de bebida na outra.

Segundo o jovem, o ajudante pediu para que ele mostrasse a arma, dizendo que filmaria para mostrar para “algumas meninas” em um grupo do WhatsApp.

Lucas morreu aos 28 anos – Foto: Reprodução

Em determinado momento, ao realizar um movimento, teria disparado o revólver, atingindo um tiro na cabeça de Lucas. A vítima foi levada até o hospital, mas faleceu no dia seguinte de um traumatismo crânio encefálico causado pelo disparo.

Victor foi denunciado pelo MP (Ministério Público) por homicídio simples. “O fato de o denunciado ter manipulado a arma de fogo apontando-a para a direção da vítima revela que ele assumiu conscientemente o risco de provocar o disparo do projétil que deu causa ao evento morte”, defendeu o órgão acusador.

O acusado disse na fase processual que a arma era de Lucas e que estava guardando ela a pedido do amigo, que estava sofrendo ameaças. Para isso, receberia R$ 500. Disse que também não engatilhou o revólver e que outras pessoas chegaram a dar tiros antes do disparo fatal.

No dia do crime, o ajudante teria requisitado ter de volta o revólver – o disparo aconteceu no momento em que foi levar o objeto para a casa de Lucas. Logo depois do episódio, o irmão da vítima pegou a arma e apertou o gatilho em direção a Vitor, mas não havia mais munição. O acusado afirmou que nunca tinha manuseado um revólver anteriormente.

A reportagem tentou contato com a defesa do réu para saber se iria recorrer da decisão. As ligações feitas para o número de telefone dele que consta no CNA (Cadastro Nacional dos Advogados) não foram atendidas.

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