A taxa de isolamento social em Americana aumentou um ponto percentual em quatro dias da semana passada. Na segunda, terça, quinta e sexta-feira, o índice de distanciamento cresceu em relação aos mesmos dias da semana anterior. Os dados são do governo do Estado, que faz a aferição por meio dos telefones celulares.

Em nenhuma dessas quatro datas, porém, a taxa passou de 45% (segunda-feira), número que fica bem aquém dos 55% que o governo do Estado quer atingir para frear a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

No último dia 11, o governador João Doria (PSDB) disse que se for observada uma média de 55% no Estado, pode flexibilizar as restrições quando acabar o atual período de quarentena, que vale até o próximo domingo.

No último sábado, quando o indicador chegou a 46%, o isolamento foi igual ao do sábado anterior (dia 16). O índice se repetiu também na quarta (dia 20), quando o distanciamento bateu nos 45%. Domingo (17) foi o único dia da semana passada em que o índice de isolamento foi menor do que aquele registrado no mesmo dia da semana anterior – 50%, ante 51% do domingo que caiu em 10 de maio.

Porém, a longo prazo os números vêm em queda no município. Nas duas primeiras de quarentena, que começou em 24 de março, por exemplo, Americana se manteve acima dos 50% de isolamento em todos os dias da semana.

Antes da restrição, no dia 5 de março, uma quinta-feira, o índice foi de 35%. Na última quinta, dia 21, ficou em 44%, por exemplo.

Neste último domingo, dado mais recente disponibilizado pelo Estado, a taxa em Americana ficou em 50% – no Estado, foi de 55%. O índice de distanciamento alcançado ontem só será divulgado hoje pelo Estado. O governo antecipou o feriado de 9 de julho para esta segunda justamente para aumentar o índice.

O distanciamento é medido pelo governo do Estado graças a um acordo com as operadoras de telefonia móvel.

Podcast Além da Capa
Solidariedade e apoio aos necessitados marcam a luta contra o novo coronavírus (Covid-19) nas periferias da RPT (Região do Polo Têxtil). O LIBERAL visitou moradores do acampamento Roseli Nunes e da favela Zincão, em Americana, e da ocupação Vila Soma, em Sumaré, e observou como eles se unem para enfrentar as dificuldades provocadas pela pandemia. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira recebe o repórter André Rossi, que esteve nas comunidades, para repercutir essa apuração.