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Americana

Investigação de latrocínio leva à condenação de trio

Um relatório da DIG aponta participação dos três em crimes cometidos em outubro de 2019; trio ainda pode recorrer

Por Leonardo Oliveira

25 de setembro de 2020, às 08h25

Em 2021, a DIG também conseguiu efetuar 149 prisões - Foto: DIG / Divulgação

Três homens foram condenados pela Justiça a penas que variam entre oito e 14 anos de prisão por uma série de roubos a estabelecimentos comerciais de Americana ocorridos em outubro de 2019. A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) chegou ao trio durante investigação sobre o latrocínio ocorrido no mesmo mês, na Casa de Carnes Colina.

O embalador Thiago de Jesus, de 34 anos, era apontado como um dos suspeitos da morte de Giani Aparecida Molina Lião, de 54 anos, após uma denúncia recebida pela corporação. Seu envolvimento no crime, no entanto, não foi provado.

Durante a tentativa da Polícia Civil em localizá-lo, Thiago foi até a sede da DIG para negar que tivesse participado do latrocínio – ele estava acompanhado de sua advogada. Nesse encontro, confessou seu envolvimento em um roubo a um posto de combustível ocorrido no dia 3 de outubro de 2019.

Essas informações constam no processo digital ao qual ele responde no TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo). Foi a partir daí que a DIG “amarrou” as investigações, chegando a mais dois acusados de serem cúmplices em outros roubos.

São eles o ajudante geral Matheus Henrique Santana, de 26 anos, e o ajudante Brian Jones, de 38 anos. De acordo com o inquérito policial da DIG, Thiago teria participado de seis assaltos entre os dias 2 e 25 de outubro do ano passado.

Três dos crimes foram praticados contra postos de combustíveis, com o mesmo modo de agir. Segundo o inquérito, dois suspeitos chegavam em um automóvel, abasteciam uma quantia pequena e retornavam mais tarde para praticar o assalto. Essa era uma forma de analisar a movimentação e a segurança do local.

Thiago também é apontado como o responsável por um assalto a uma farmácia da Praia dos Namorados, em 10 de outubro. Ele foi reconhecido por uma das vítimas como o autor. Ele teria ameaçado alvejar uma criança de 9 anos, neto da vítima. Na fuga, entrou em um carro que estava registrado no nome de Matheus.

Matheus e Brian são acusados de, principalmente, ajudarem Thiago a fugir depois dos assaltos. Em outros dois casos, as ocorrências foram registradas em bares de Americana. Matheus não foi reconhecido pelas vítimas e teve o seu nome envolvido pois o automóvel usado nas fugas era dele.

Na fase processual, os advogados dos três acusados pediram absolvição, alegando falta de provas para uma condenação. Em juízo, os réus negaram os crimes. Na sentença, do último dia 15, o juiz Eugênio Augusto Clemente Júnior, da 2ª Vara Criminal de Americana, entendeu que ficou provada a atuação do trio nos roubos.

Thiago de Jesus foi condenado a 14 anos de prisão, Brian Jones a dez anos e dez meses de prisão, e Matheus Henrique Santana à pena de oito anos e quatro meses de detenção – todos no regime inicial fechado.

Como se trata de uma decisão em primeira instância, eles ainda podem recorrer a tribunais superiores para tentar reverter suas situações. A defesa de Thiago preferiu não se manifestar e a de Matheus não foi localizada pela reportagem.

Já a advogada de Brian, Tatiane Dos Santos Carlomagno, adiantou que já entrou com um recurso pedindo a absolvição de seu cliente por falta provas.

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