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Covid-19

Em Americana, internações e mortes por coronavírus disparam em junho

Em um mês, mortes saltaram de sete para 31 em Americana; casos positivos aumentaram seis vezes

Por Marina Zanaki

04 de julho de 2020, às 08h17 • Última atualização em 04 de julho de 2020, às 08h23

O mês de junho registrou uma disparada no número de mortes, internações e casos do novo coronavírus (Covid-19) em Americana. No início do mês, a cidade tinha sete mortes confirmadas. Ao longo do período, 23 pessoas morreram, e uma morte em julho já foi confirmada. A cidade saltou para 31 óbitos, um aumento de 342%.

Outro indicador do avanço da doença pelo município são as internações. No começo de junho, 13 pessoas estavam internadas em leitos exclusivos para doença, das quais quatro tinham recebido resultado positivo e nove eram suspeitas.

Número de mortes pelo novo coronavírus tiveram grande aumento em Americana, saltando de sete para 31 do início de junho para cá – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Nesta sexta-feira, 41 pessoas estão internadas. Dessas, 15 testaram positivo e 26 são consideradas suspeitas.

O número de casos positivos no período aumentou seis vezes. No dia 1° de junho a cidade tinha 116 casos positivos. Agora, já são 639. Somente nesta sexta foram 163 casos confirmados, mais do que o total que havia sido contabilizado até o início do mês.

Contudo, o número de pessoas infectadas pode ser muito maior. A médica infectologista Ártemis Kílaris lembrou, em entrevista à Rádio Clube (AM-580), que o Brasil tem uma testagem baixa em relação a outros países.

Segundo infectologista, falta de medicamento específico para combater o novo coronavírus contribui diretamente para o aumento das mortes – Foto: Reprodução_paho.org

“Se tivesse condição de testar mais, estaria atuando na transmissão da doença, de fazer diagnóstico de portador assintomático que pode estar transmitindo”, explicou.

Ao LIBERAL, a médica indicou que a mortalidade está relacionada a um adoecimento sistêmico dos pacientes graves, associado à falta de um remédio específico.

“Você trata, tem medicamentos em estudo, uns funcionam, outro não, mas não tem por exemplo um antiviral específico. Os Estados Unidos e Europa estão usando o Remdesivir, que tem se mostrado eficaz”, lembrou.

Estudos indicam que o medicamento pode abreviar a duração dos sintomas. O governo dos Estados Unidos comprou praticamente todo o estoque do remédio para os próximos três meses.

A Anvisa liberou recentemente a importação do medicamento para realização de testes.

“Mas não temos ainda no Brasil. Em Americana, ninguém ainda está usando porque não tem. Isso acaba interferindo na evolução do paciente”, disse a médica.

Cenário na região:

  • Sumaré: 884 casos – 48 mortes
  • Santa Bárbara: 662 casos – 22 mortes
  • Hortolândia: 652 casos – 35 mortes
  • Americana: 639 casos – 31 mortes
  • Nova Odessa: 141 casos – 13 mortes
  • RPT: 2.978 casos – 149 mortes.

Além da Capa
Os eleitores brasileiros ainda não sabem em que data irão às urnas neste ano para escolher novos prefeitos e vereadores. Diante dessa indefinição, como se comportam as campanhas em Americana e região nesse momento? Afinal, considerando a data originalmente prevista (4 de outubro), faltam menos de 100 dias para as eleições. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira recebe o repórter André Rossi e editor-executivo e chefe de reportagem do LIBERAL, João Colosalle, para discutir o cenário regional.

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