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Americana

Operação contra tráfico por aviões prende um em Americana

Operação 'Voo Baixo', da Polícia Federal, prendeu um dos envolvidos no esquema de transporte de drogas em aviões na manhã desta quarta, em Americana

Por Leonardo Oliveira

04 de dezembro de 2019, às 18h24 • Última atualização em 04 de dezembro de 2019, às 19h47

Uma pessoa foi presa em Americana pela Polícia Federal na operação “Voo Baixo”, deflagrada na manhã desta quarta-feira (4) para desarticular uma organização criminosa internacional especializada no tráfico de drogas. De acordo com a PF, a quadrilha transportava 1,5 tonelada de cocaína por mês utilizando aeronaves.

Foto: Polícia Federal/Divulgação
Delegados Ivo de Carvalho e Fabrízio Galli revelaram os detalhes da operação em coletiva de imprensa na sede da PF

Em coletiva de imprensa realizada na superintendência da corporação, em São Paulo, os delegados Marcelo Ivo de Carvalho e Fabrízio Galli revelaram que um dos 13 mandados de prisão temporária foi cumprido em Americana, mas não confirmaram o nome e qual a participação dessa pessoa no esquema.

A operação teve como principal alvo um empresário que atua no interior de São Paulo e supostamente comandava o envio de cocaína da Bolívia para o Brasil, utilizando pistas de voo clandestinas de fazendas do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Depois disso, a droga era levada ao Porto de Santos e transportada de lá para a Europa, diz a PF.

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Ele foi preso na manhã desta quarta-feira, em sua residência, em São José do Rio Preto, cidade onde dois aviões também foram apreendidos. Ao todo, foram sete aeronaves utilizadas no transporte de drogas encontradas, mas os delegados não revelarem os locais das demais apreensões.

A esposa do empresário também foi presa, assim como seis pilotos e responsáveis pela parte logística do transporte da droga, as pessoas que forneciam combustível para as aeronaves, as que prepararam as pistas de pouso e também as que recebiam as drogas nas fazendas. Todos eles possuem algum vínculo com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), dizem os delegados.

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Os investigados serão indiciados pela prática de crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, com penas de 5 a 15 anos e multa e de 3 a 10 anos e multa, respectivamente.

Histórico

Entre 2017 e 2018, Americana serviu como entreposto para o tráfico internacional de cocaína, de acordo com uma apuração da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes). Um hangar alugado no aeroporto era ponto de encontro de pilotos que transportavam droga e dinheiro entre países da América do Sul.

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O traficante Wesley Evangelista Lopes, procurado pela Interpol desde 2018 e preso em 31 de agosto deste ano em Prado (BA), foi apontado como operador logístico do esquema em Americana e responsável por cooptar pilotos.

Ao todo, 11 pessoas foram presas e sete aviões e um helicóptero acabaram apreendidos em diversas cidades do Estado. Três delas no aeroporto de Birigui, também usado por criminosos ligados ao tráfico, a exemplo do de Penápolis, lembra Abreu.

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