Descarte
Incêndio em cooperativa expõe os riscos da destinação incorreta do lixo
Pilha ou bateria causou prejuízo de pelo menos R$ 40 mil à Cooperlírios em outubro; saiba para onde destinar cada resíduo
Por Marina Zanaki
10 de novembro de 2019, às 08h33 • Última atualização em 10 de novembro de 2019, às 09h05
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/americana/incendio-em-cooperativa-expoe-os-riscos-da-destinacao-incorreta-do-lixo-1103861/
O incêndio que atingiu a Cooperlírios, cooperativa de reciclagem no Jardim dos Lírios, em Americana, acendeu um alerta sobre a correta destinação de resíduos. O fogo teve início em uma pilha ou bateria que passava pela esteira de triagem e causou um prejuízo de pelo menos R$ 40 mil à cooperativa. Esse tipo de material não deve ser separado para a coleta seletiva pois não é reciclável.
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Ao mesmo tempo, seu descarte não deve ocorrer no lixo comum que é enviado aos aterros sanitários. De acordo com a doutora em Ciências Biológicas e professora da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) Silvia Gobbo, esse tipo de material é considerado poluente.
“Baterias, pilhas, lâmpadas fluorescentes oferecem risco. No caso de pilhas e baterias você tem metais pesados que podem contaminar o solo, a água. Precisam de descarte separado, não podem ser jogadas no lixo porque são contaminantes, poluentes, podem fazer mal à saúde e ao meio ambiente”, alertou.
Americana possui uma legislação municipal, de 2001, que obriga todos os lugares que fabricam, importam, distribuem ou revendem pilhas, baterias e lâmpadas a realizarem logística reversa – recebendo esses materiais dos consumidores e encaminhando-os para empresas que realizam a destinação ambientalmente correta.
Diretor do Departamento de Sustentabilidade da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) e presidente do Comdema (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), João Antônio Silveira Braidotti garante que nunca teve problemas relacionados a recusa de recebimento desses materiais.
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“O cliente tem que agir como se fosse, por exemplo, um refrigerante retornável. Todos os estabelecimentos estão obrigados a receber. Particularmente, toda vez que vou a mercados ou loja de material elétrico levo lâmpada usada e nunca tive nenhum tipo de reação contra”, afirmou.
RECICLAGEM
O material enviado à Cooperlírios é recolhido pela prefeitura por meio da coleta seletiva. Ela é realizada mediante cadastro no telefone 3475-9024 – o morador que tem interesse em participar recebe uma sacola retornável e informações sobre o programa.
Podem ser destinados para a coleta seletiva materiais como papel, papelão, vidro, metais e lixo eletrônico (como por exemplo, celulares) desde que sem bateria. É importante também que os itens descartados estejam limpos o suficiente para evitar contaminar os demais materiais que serão recolhidos.
Segundo a prefeitura, Americana recicla 15% do total do lixo gerado no município – a média de reciclagem no Brasil é de 3%. São recolhidas 10.500 toneladas de materiais ao ano e o serviço é prestado por sete caminhões.
ONDE DESCARTAR
- Papel, papelão, vidro, metais, lixo eletrônico sem bateria (materiais recicláveis): ecopontos ou coleta seletiva;
- Baterias, pilhas e lâmpadas: lojas e supermercados que comercializam esses produtos são obrigados, por lei, a recolhê-los;
- Medicamentos: clínicas, hospitais e farmácias;
- Restos de construção: ecopontos.
Ecopontos em Americana:
Recebem restos de construção e outros materiais
- Jardim dos Lírios
Rua das Seriemas, 550, Vila Mathiensen - Jardim da Mata
Rua dos Pinhais, 61 - Jardim Bertoni
Av. Roma x Rua Madri - Antonio Zanaga
Rua Rayon Viscose, 209 (atrás do distrito policial) - Jardim da Paz
Rua Estevão Carlos Vicentini, 175 - Catharina Zanaga
Rua Carmine Feola, 1.327 - Nova Carioba
Rua José Nicoletti, 110.