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Economia Local

Hotel em Americana chegou a ter ocupação perto de 0% na pandemia

Apesar de “ano perdido”, estabelecimentos no setor começam a reagir e têm expectativa positiva para 2021

Por Heitor Carvalho

02 de janeiro de 2021, às 08h25 • Última atualização em 02 de janeiro de 2021, às 12h15

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) causou um forte impacto no setor hoteleiro em Americana em 2020. Apesar de não ser uma cidade propriamente turística, a área de turismo de negócios é relevante no município.

Eventos como a Festa do Peão, que ocorre em junho e costuma reunir cerca de 350 mil visitantes em dez dias de programação, incluindo de outras regiões do Estado e até do País, não puderam ocorrer este ano.

Saguão do Ibis, no Jardim Bela Vista; turismo de negócios foi atingido – Foto: Ernesto Rodrigues / O Liberal

Gabriela Alves, subgerente do Ibis, no Jardim Bela Vista, cujo foco é o turismo de negócios, com alta demanda de hóspedes com estadias rápidas, diz que o hotel sentiu um forte impacto com o início das medidas de quarentena no início do ano passado.

“Nossa ocupação foi a quase 0% no fim de março. Então, tomamos a dura decisão de fecharmos o hotel pelo período de 30 dias. Demos férias e redução de jornada aos colaboradores”, conta.

O hotel reabriu em maio, mas com equipe em jornada reduzida e, conforme previsto, o aumento gradativo da ocupação foi surgindo.

“Nossa ocupação não está como o ‘normal’ e projetamos que em mais alguns meses continuaremos assim, pelo menos até a vacina ser distribuída para a população. Sentimos a necessidade de as pessoas se movimentarem, visitarem seus negócios, clientes e também familiares”, afirma.

Antônio Raimundo da Purificação, gerente do Pluma Hotel, no bairro Conserva, relata que o hotel teve uma queda de 90% de ocupação. No entanto, a recuperação tem sido lenta, mas constante.

“Devagar fomos superando a crise. Nos últimos dois meses e meio tivemos uma ocupação de 70%. Esperamos que no próximo ano seja melhor”, diz.

Contido
O Interamericana Hotel, no Centro, também precisou fechar em março. O hotel foi reaberto no início de abril, mas com movimento contido e de acordo com os protocolos sanitários. Segundo a gerente Camila Fortunato Sacilotto, medidas como férias antecipadas e suspensão e redução da carga horária dos funcionários foram tomadas no período de baixo movimento e incertezas.

“Nosso maior movimento é durante a semana com o fluxo de pessoas que vem a trabalho, porém a Festa do Peão e as festas universitárias são muito importantes, o que neste ano não tivemos”, comenta.

Apesar do ano quase “perdido”, a gerência do hotel consegue agora enxergar alguma luz no fim do túnel. “Nossa expectativa para o ano de 2021 é muito promissora e já estamos sentindo recuperação gradativa desde setembro”, comemora Camila.

Segundo informações do RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), dentre os municípios da RPT (Região do Polo Têxtil) a distribuição do emprego gerado pela economia do turismo é maior em Americana, seguida por Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Hortolândia.

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